O Brasil considera a possibilidade de incluir na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) uma convenção internacional sobre a transparência das informações ambientais. A informação foi divulgada recentemente por Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo informou a Agência Fapesp, o Brasil pretende apresentar na cúpula marcada para junho de 2012 sua experiência e propor que os países assumam a divulgação aberta de dados que dizem respeito ao ambiente no mundo.
De acordo com Câmara, um projeto proposto pelo Inpe e o JPL (Jet Propulsion Laboratory, da Nasa), ainda em análise, permitiria uma evolução no monitoramento ambiental por meio do satélite GTEO (Global Terriesrial Ecosystem Observatory), construído com investimentos de US$ 100 milhões do Brasil e US$ 150 milhões dos Estados Unidos. O Brasil seria responsável pela criação do corpo do satélite, painel solar, computador de bordo para coleta e envio de dados.
O monitoramento ambiental feito atualmente no Brasil utiliza câmeras a bordo de satélites que coletam fotos em faixas discretas do espectro. A nova tecnologia torna possível distinguir diferentes espécies.
Para Robert Green, do JPL, o projeto permitirá pela primeira vez coletar informações sobre quais as espécies de plantas existentes, onde elas vivem e quais são suas condições de saúde. “Este será a primeira medição global dos ecossistemas com coleta do espectro de cada ponto do planeta”, destacou.
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