sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Convenção global sobre informações ambientais deve ser discutida na Rio+20

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O Brasil considera a possibilidade de incluir na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) uma convenção internacional sobre a transparência das informações ambientais. A informação foi divulgada recentemente por Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo informou a Agência Fapesp, o Brasil pretende apresentar na cúpula marcada para junho de 2012 sua experiência e propor que os países assumam a divulgação aberta de dados que dizem respeito ao ambiente no mundo.

De acordo com Câmara, um projeto proposto pelo Inpe e o JPL (Jet Propulsion Laboratory, da Nasa), ainda em análise, permitiria uma evolução no monitoramento ambiental por meio do satélite GTEO (Global Terriesrial Ecosystem Observatory), construído com investimentos de US$ 100 milhões do Brasil e US$ 150 milhões dos Estados Unidos. O Brasil seria responsável pela criação do corpo do satélite, painel solar, computador de bordo para coleta e envio de dados.

O monitoramento ambiental feito atualmente no Brasil utiliza câmeras a bordo de satélites que coletam fotos em faixas discretas do espectro. A nova tecnologia torna possível distinguir diferentes espécies.

Para Robert Green, do JPL, o projeto permitirá pela primeira vez coletar informações sobre quais as espécies de plantas existentes, onde elas vivem e quais são suas condições de saúde. “Este será a primeira medição global dos ecossistemas com coleta do espectro de cada ponto do planeta”, destacou.

EcoD Básico: Urbanismo sustentável



Dentro do conceito tradicional de urbanismo existe uma vertente que busca utilizar técnicas e princípios para planejar e regular a construção e o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis.

O conceito, inicialmente chamado de Novo Urbanismo, surgiu na década de 1980 nos Estados Unidos. O objetivo era resgatar a qualidade de vida e melhorar o relacionamento entre o homem e a cidade, promovendo o desenvolvimento sustentável em longo prazo e o crescimento ordenado que minimizasse os impactos sociais, ambientais e econômicos das ações urbanas.

Segundo engenheiro civil Dilnei Bittencourt, a proposta era criar um contraponto ao crescimento das cidades modernas, que dão preferência ao automóvel e valorizam a separação das funções fazendo com que cidadãos precisem usar o carro para conseguir saúde, lazer, moradia e trabalho.

Nove conceitos principais regem o urbanismo sustentável. São eles:

Prioridade ao pedestre
Busca criar rua limpas, seguras, arborizadas, com pouco ruído, calçadas amplas e dotadas de mobiliário urbano confortável, iluminação adequada, sinalização e total acessibilidade. Com isso, o conceito pretende estimular a locomoção a pé como uma experiência sensorial atraente, reduzindo o uso do automóvel, da poluição, evitando o sedentarismo e os ambientes fechados, e fazendo com que as pessoas percam o receio e saiam às ruas.

Uso misto e complementariedade
Segundo esse conceito, quanto mais variada e concentrada for a diversidade de usos e de pessoas, mais vivo e interessante é um lugar. Por isso, busca fazer o uso combinado e mútuo das diversas funções da cidade, como moradia, comércio, escritórios, lazer e educação, no mesmo espaço. Assim, quadras e prédios são agrupados de forma a se complementarem e atraírem os moradores a caminharem pelas ruas, evitando longos deslocamentos, reduzindo engarrafamentos, poluição, estresse, e aumentando a qualidade de vida dos habitantes.

Diversidade de moradores
Uma cidade sustentável deve promover o convívio de pessoas de diferentes classes sociais, idades, culturas e raças. Com isso, promover uma variedade de ideias, necessidades e interesses, além de ampliar as alternativas de relacionamentos e viabilizar inúmeros e variados aspectos da vida urbana com elevada qualidade social. A diversidade também torna o lugar mais solidário, justo e inteligente.

Senso de comunidade
O objetivo aqui é elevar a satisfação de se sentir integrado a um lugar único, reconhecido dentro da cidade e que reconhece os seus moradores. Esse conceito busca reforçar a identidade local e a sensação de pertencimento, elevando a segurança e o bem estar dos moradores.

Densidade equilibrada
O cuidado com a densidade e a concentração de pessoas na cidade são importantes para a preservação ambiental, já que proporcionam um melhor desempenho energético, reduzem a emissão de gases nocivos, otimizam o transporte público e as redes de água, energia e telefone, além de reduzir o uso de terrenos com edificações. Segundo esse conceito, a densidade ideal seria entre 400 a 800 habitantes por hectare.

Sustentabilidade e alta performance do ambiente construído
O modelo de urbanismo sustentável preza pela construção de edificações projetadas e erguidas com o emprego de materiais e técnicas que reduzem o impacto ambiental, o consumo de energia e a geração de gases do efeito estufa. Além disso, as construções devem ter ambientes internos de alta qualidade, com vida longa, aptos a diversos usos e reusos. Os projetistas também devem incentivar o uso intenso de iluminação e ventilação naturais, aquecimento solar, água de chuva, respeito à paisagem natural, às águas superficiais e subterrâneas e à vida silvestre.

Espaços públicos atraentes e seguros
Para garantir o vigor dos espaços públicos é preciso proporcionar aos moradores ambientes seguros e atraentes. Por isso, a combinação de cafés, praças, lojas, parques, restaurantes, calçadas amplas e arborizadas e jardins é essencial – tudo isso combinado com segurança pública eficiente que atraia as pessoas para a rua.

Harmonia entre natureza e amenidades urbanas
Luz natural, ar fresco e limpo circulando livremente por prédios convenientemente dispostos entre ruas, parques, jardins e praças. Prédios que buscam a melhor orientação solar e dos ventos dominantes. Equilíbrio entre áreas verdes e áreas construídas. Riqueza de parques com plantas nativas. Sombreamento com árvores ao longo das calçadas proporcionando conforto e contemplação. Proximidade entre a vida silvestre e a vida urbana. Tudo isso deve ser estimulado para melhorar a qualidade de vida dos moradores, atrair a biodiversidade e evitar as ilhas de calor.

Conectividade e integração regional
Para ser sustentável, uma cidade precisa ter conectividade e integração, ou seja, os bairros devem ser ligados por uma teia de rodovias que possibilite múltiplas alternativas de ir e vir, de preferência, utilizando um transporte coletivo inteligente e integrado a região metropolitana e com estímulo ao uso da bicicleta. Com isso, a cidade se torna um compilado de múltiplos centros, cada um com suas vocações, que se complementam.

Seguindo esses princípios é possível construir ou expandir as cidades de forma mais humana, eficiente e sustentável. Diversas cidades do mundo já estão adotando alguns ou todos esses conceitos para promover o desenvolvimento ao mesmo tempo em que reduzem seus impactos sociais, econômicos e ambientais.

Glossário Ambiental

"Arco de Fogo"
Faixa que se estende por todo o limite sul e leste do bioma amazônico, onde a floresta faz transição para o cerrado. Essa paisagem natural é muito afetada durante o período de queimadas. Já contando com isso, os órgãos ambientais fazem planos para tentar minimizar o dano à floresta.

Área de Preservação Permanente (APP)
Área protegida definida nos termos dos Artigos 2º e 3º do Código Florestal (Lei Federal 4.771, de 15 de Setembro de1965), coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de: preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora; proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Aborígine
Pessoa, animal ou planta que é originário do país ou região em que vive ou se encontra.

Adaptação climática
É definida pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas como “ajustes em práticas, processos e estruturas que podem reduzir ou eliminar o potencial de destruição ou o aproveitamento de vantagens e oportunidades criadas por mudanças no clima”.

Adubação verde
A adubação verde é uma técnica da agricultura orgânica usada para 'limpar' o solo quando ele está intoxicado com herbicidas e produtos químicos. Deve-se cultivar uma determinada planta no local para quando ela estiver crescida, antes da época de floração, ser cortada e incorporada ao solo ainda verde. Essa técnica visa enriquecer o solo com nutrientes, principalmente o nitrogênio, e os tipos principais de plantas mais usadas são leguminosas e gramíneas (ervas nativas).

Agenda 21
Documento consolidado como diretriz para a mudança de rumos no desenvolvimento global para o século 21. Foi formulado como um grande plano de ação, por esforço de múltiplos atores, e divulgada para adesão durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, conhecida como ECO-92. Contém diretrizes para a promoção do desenvolvimento sustentável, passíveis de serem implementadas por qualquer órgão, organização ou governo engajados no movimento da sustentabilidade. A Agenda 21 pode servir bara embasar um processo de planejamento participativo em prol de um futuro sustentável. Esse planejamento deve envolver todos os atores relevantes e ensejar a formação de parcerias e compromissos para a solução de problemas relacionados ao desenvolvimento econômico e social e à proteção ambiental, em curto, médio e longo prazos. A análise e o encaminhamento de projetos ou programas embasados na metodologia da Agenda 21 devem ser feitos dentro de uma abordagem integrada e sistêmica das dimensões econômica, social, ambiental e político-institucional.

Agricultura Orgânica (ou Biológica)
A agricultura orgânica preocupa-se com a saúde dos seres humanos, dos animais e das plantas. Por isso, não utiliza fertilizantes sintéticos, nem agrotóxicos ou aditivos químicos no cuidado com a plantação ou na ração dos animais.

Na produção dos alimentos é valorizado o cuidado com os bens naturais, renováveis ou não - preservando o meio ambiente e dando importância ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida humana.

Agrofloresta ou Agrossilvicultura
"Entende-se por agrossilvicultura o conjunto de técnicas de uso da terra que implique na combinação de árvores florestais com cultivos, com pecuária, ou com ambos. A combinação pode ser simultânea ou sequencial em termos de tempo e espaço. tem por objetivo otimizar a produção total por unidade de superfície, representando os princípios de rendimento sustentado".

Alimentos orgânicos
São aqueles produzidos de acordo com certos padrões pré-definidos por organizações certificadoras ou ainda, estipulados por leis. Em geral, são alimentos cultivados sem o uso de pesticidas convencionais, fertilizantes artificiais ou dejetos humanos, além de serem processados sem radiação ionizadora ou aditivos. Sua produção também incentiva a conservação do solo e da água e reduz a poluição. Para animais, alimentos orgânicos são aqueles criados sem o uso rotineiro de antibióticos e sem utilização de hormônios de crescimento. Na maioria dos países, alimentos orgânicos não podem ser geneticamente modificados. Alimentos orgânicos certificados devem passar por uma cuidadosa inspeção de produção.

Analfabetismo
De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD) e com o Censo Demográfico decenal, são consideradas analfabetas as pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhecem; aquelas que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram; as que apenas assinam o próprio nome; e aquelas que se declaram "sem instrução" ou que declaram possuir menos de 1 ano de instrução.

Analfabetismo funcional
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), analfabeto funcional é a pessoa que sabe escrever o próprio nome, é capaz de ler frases simples e fazer cálculos básicos, mas é incapaz de interpretar o que lê e de utilizar a leitura nas atividades cotidianas, prejudicando seu desenvolvimento pessoal e profissional.

No Brasil, o índice de analfabetismo funcional é medido entre as pessoas com mais de 20 anos que não completaram quatro anos de estudo formal.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SEGUNDA FASE DA ACÇÃO DE LIMPEZA DA PRAIA DAS MIRAGENS










INFORME SÍNTESE SOBRE A ACÇÃO DE LIMPEZA DA PRAIA DAS MIRAGENS, SOB O LEMA: LIMPAR O QUE AMAMOS.



















Certo que, desde o tempo da institucionalização da ADA, já se fazia sentir a sua ausência como uma força que emergiu para a defesa do ambiente. 

Cientes das nossas responsabilidades e reconhecendo haver a necessidade de realizar acções praticas e com grande impacto social e ambiental. Após um período de divulgação e mobilização dos munícipes a participarem desta acção, conseguimos congregar até as 07h30 um total de aproximadamente 700 (Setecentas) pessoais, entre elas: Membro da A.D.A., Membros das Associações Juvenis (JEA, AJOBV, Espírito Santos), público interessado, com maior destaque aos estudantes das Escolas do I ciclo na nossa cidade, respectivamente. 

Importa realçar, que o êxito desta actividade só foi possível com a colaboração, da Direcção Provincial do Urbanismo Construção e Ambiente, da Escola Superior Politécnica do Namibe, da Emissora Provincial do Namibe, da Direcção Provincial da Educação, Ciências e Tecnologia e da Administração Municipal do Namibe, que logo, na primeira instância louvaram a iniciativa da ADA, colocando a nossa disposição, meios humanos e rolantes para o transporte dos resíduos recolhidos na praia, estimados num total de 12 (doze) toneladas, caracterizado por latas, garrafas de bebidas, lixo orgânico, sacos plásticos, papel, etc. 

Importa aqui relatar o grau de entrega dos participantes fizerem jus ao lema: LIMPAR O QUE AMAMOS, destacando a figura do Cda 2º Secretário Provincial do MPLA, Carlos da Rocha Cruz que abrilhantou a actividade com a sua entrega na recolha e transporte dos resíduos. 

Quem também abraçou a iniciativa da Associação dos Defensores do Ambiente foi a Direcção Provincial dos Registos, que oportunamente aproveitou para apelar aos participantes da acção de limpeza para promoverem a actualização, reconfirmação do seu registo e escolha do local do voto. 

CONCLUSÕES 

Após a conclusão dos trabalhos, a A.D.A. considera de positiva a actividade, reconhecendo que numa primeira fase estávamos a contar com um número de 50 participantes, pelo que, fomos surpreendidos com total de aproximadamente 700 participantes, representando 1400% acima da previsão. É um número que nos satisfaz e deixa-nos comovidos e motivados a prosseguir nas nossas acções e afirmar-nos como uma força realmente defensora do ambiente. 

Por tudo acima exposto, aproveitamos o ensejo para apelar a sociedade e as instituições que, cuidar das praias é uma tarefa que deve ser levada a cabo por todos. 

A ADA reconhece que ficará sem efeito a grande iniciativa de limpeza da praia das miragens se não tiver locais para o depósito do lixo. Por este facto, achamos conveniente que a Administração Municipal deveria colocar contentores para a deposição dos resíduos. 

Reconhecemos a necessidade de uma maior intervenção na praia das miragens e não só, notamos que a maior parte do lixo que restou por ser recolhido é composto predominante por cacos de garrafas não retornáveis de cervejas e refrigerantes que são consumidas pelos munícipes que afluem o referido local. 

A ADA reconhece o esforço da Administração Municipal na melhoria do aspecto paisagístico das nossas praias, mas importa aqui realçar, que o mesmo será em vão se for feito de forma isolada. Portanto, há necessidade de um maior empenho e envolvimento de todos sectores e actores da vida social da cidade, para a redução do lixo nas nossas praias. Por este motivo a ADA propõe, a realização da 2ª Fase da Acção de Limpeza da Praia das Miragens sob o Lema: LIMPAR O QUE AMAMOS sob Coordenação do Governo das Província do Namibe. A ADA ainda é de opinião que se proibissem a venda de bebidas em garrafas não retornáveis na praias das miragens e, que os valores monetários arrecadados pela Administração Municipal da prestação feita as vendedoras deveriam ser aplicado para a criação de equipas e/ou brigadas ambientais para a sensibilização regular aos utilizadores das praias e a reparação dos danos ambientais que advém da exploração deste local.