quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PLANETA TERRA PEDE SOCORRO


Quem lê um jornal, frequentemente se depara com notícias do tipo: o planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derretendo, os rios contaminados matam peixes e intoxicam a população local, o buraco na camada de ozônio e os gases do efeito estufa preocupam os cientistas. Essas e outras notícias, de tão exaustivamente batidas, acabam passando como qualquer outra, mas a questão é: até quando vamos ignorar um pedido de socorro do nosso planeta? Será que teremos que esperar a água de nossas casas acabar ou o calor se tornar insuportável? Devemos aguardar que as conseqüências batam a nossa porta de forma inexorável para só então percebermos o quanto fomos inconseqüentes e irresponsáveis com o patrimônio natural que nos foi presenteado?
Infelizmente, nós seres humanos, de uma forma geral, nos consideramos superiores a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensa superioridade não nos permite enxergar que somos tão dependentes da saúde do ambiente quanto um peixe é do oxigênio contido na água. A tendência à superioridade, somada à ganância incondicional, nos tornaram as maiores ameaças à vida no planeta. Além de destruir a grande biodiversidade do planeta, seremos vítimas de nossos próprios erros e vamos sofrer fortemente as conseqüências.
A falta de conscientização e respeito do ser humano contribui sobremaneira para a degradação ambiental acelerada. O desperdício e mal uso dos recursos naturais, o errado descarte de lixo e outros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmosfera e o desmatamento descontrolado são apenas alguns exemplos de desenvolvimento insustentável.

Dados obtidos de pesquisas que têm sido realizadas no mundo inteiro, revelam que o Planeta Terra está sofrendo diariamente com as intervenções causadas pela ações antrópicas. As reações que presenciamos nos últimos anos nos mostram que a natureza responde de maneira drástica. “É bem provável que tenhamos de enfrentar uma catástrofe ecológica no próximo século, a não ser que mudemos nosso estilo de vida, nossa economia e nossas instituições. A parte mais importante do novo paradigma consiste em construir uma sociedade que nos permita satisfazer as necessidades do povo sem destruir o sistema que nos sustenta e sem acabar com nossas reservas naturais. Enfim, uma sociedade na qual possamos nos manter sem destruir ou reduzir as oportunidades para futuras gerações” afirmou o físico quântico Fritjof Capra.


Lixo

A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado algumas pessoas a mudar seus hábitos. A reutilização do lixo, objetivando a preservação ambiental, o incentivo à coleta seletiva e a reciclagem de diversos tipos de material já vêm sendo adotados nas principais sociedades. Isto porém ainda não é o bastante. O desperdício é enorme e ecologicamente incorreto. Somente nos Estados Unidos são gerados 200 milhões de toneladas de lixo por ano, uma média de 725 quilos por habitante. Mesmo quando comparado com a capital do Brasil, que é quem mais desperdiça lixo, esse número é alarmante. Brasília produz 438 quilos por habitante por ano. Que dirá quando comparado aos países africanos, cuja média de consumo por habitante é 40 vezes menor do que a americana.

Uma criança nascida em um país industrializado colabora para o desperdício e a poluição ambiental na mesma proporção que 30 a 50 crianças nascidas nos países em desenvolvimento. Com o crescente aumento populacional e o consumismo em ritmo acelerado, a tendência é produzirmos cada vez mais lixo. Se continuarmos jogando nosso lixo para fora de casa e não dermos uma solução sustentável para o problema, nossos netos ou bisnetos precisarão de outro planeta para abrigar tanto lixo.
Segundo a ASMARE (Associação dos catadores de material reaproveitável), 64% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sem tratamento a lixões ou a cursos de água e em 20 % dos domicílios brasileiros, o lixo nem chega a ser coletado. Engana-se quem ainda pensa que o problema do lixo acaba na hora em que é deixado na porta de casa para coleta dos serviços de limpeza urbana. A maioria dos brasileiros não sabe para onde os resíduos são destinados e o que acontecerá com eles. Os diversos aterros sanitários e lixões hoje existentes no país já estão com suas capacidades esgotadas.
As praias são um outro exemplo de nosso descaso com a natureza. No últimos anos, as praias vêm se transformando em verdadeiros depósitos de lixo público. Além de as areias estarem acumulando materiais inorgânicos que podem levar até 100 anos para se degradar, como o plástico (veja tabela), suas águas estão cada vez mais poluídas e impróprias para o banho. Experimente caminhar no final da tarde de um domingo qualquer na praia e você não saberá se está em uma praia ou em um depósito de lixo. “O microlixo (bitucas de cigarros, canudinhos, tampinhas e etc) deixado na areia é um dos maiores vilões nas praias. De acordo com os relatórios que produzimos em nossas ações de limpeza de praia, são os campeões em quantidade coletada nas praias cariocas” afirmam Hildon Carrapito e Anna Turano, coordenadores do Projeto Limpeza na Praia, do Instituto Ecológico Aqualung. Esse projeto, uma iniciativa maravilhosa para dar conscientização ambiental nas praias através de multirões de limpeza, tirou no ano passado em um só evento, oito mil sacolas de lixo das praias cariocas (veja mais na página 16).

Algumas dicas de como Reduzir

- Aproveite as duas faces das folhas de papel, tanto na escrita, quanto para impressão e fotocópias.
- Faça apenas o número necessário de fotocópias.
- Adote coadores, guardanapos e toalhas de pano. 
- Revise textos na tela do computador antes de imprimi-los. 
- Use envelopes só quando necessário. 
- Recuse folhetos de propaganda que não forem de seu interesse. 
- Faça assinatura comunitária de jornais e revistas. 
- Compre a granel hortifrutigranjeiros, grãos e produtos de limpeza nas feiras e sacolões. 
- Substitua descartáveis como copos, talheres, canudos e isqueiros por similares duráveis.
- Aproveite talos e folhas de verduras, cascas de frutas. 
- Diminua o desperdício de alimentos e evite embalagens supérfluas, sofisticadas ou de difícil (isopor, caixas tipo longa vida) ou nenhuma (celofane, papel aluminizado) reciclagem no Brasil.

Algumas dicas de como Reutilizar

- Reaproveite envelopes, cartolinas e folhas de papel com verso livre para rascunho ou para imprimir documentos a serem enviados por fax.
- Utilize frascos e potes para outros fins. 
- Reaproveite sobras de materiais de construção.
- Antes de descartar tente consertar os utensílios e aparelhos com sapateiros, costureiros, técnicos e restauradores ou transforme-os em outros produtos e doe-os a quem precisa.

Reduzir, Reutilizar e ReciclarQuando nos preocupamos em diminuir o impacto do lixo, devemos sempre pensar nos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir o desperdício, reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e reciclar os materiais. Quando falamos em reduzir, nossa atuação pode começar desde o momento da compra. Deveríamos evitar a compra de produtos com exageros na embalagem, principalmente aquelas de isopor, papel celofane ou papel alumínio, que apresentam pouca ou nenhuma aceitação no mercado de reciclagem e levam muito tempo para se degradar no meio ambiente (veja tabela na página ao lado). Podemos também reduzir o desperdício através de pequenas ações em casa e no trabalho, como utilizar a frente e o verso das folhas de papel e reutilizar os copos descartáveis e os potes de vidros. 

Reciclar é, na verdade, separar para a reciclagem, pois os cidadãos comuns não reciclam (a não ser os artesãos de papel reciclado). A melhor alternativa para reciclar, contribuindo assim com um mundo mais limpo, é procurar uma entidade governamental, filantrópica ou uma cooperativa de catadores de lixo, que coletarão o lixo em sua casa ou condomínio (veja tome nota na página 8). A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia uma quantidade significativa de resíduos sólidos de seu destino para os aterros sanitários e minimiza o desperdício, permitindo a reciclagem e a reutilização. Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso, o uso da matéria prima reciclável diminui consideravelmente a demanda por recursos naturais.

No Brasil, já são mais de 500 mil catadores espalhados por mais de 3,8 mil municípios. Estima-se que os catadores sejam responsáveis por 90% dos materiais que alimentam as indústrias recicladoras. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) o Brasil desde 2001 se mantém como líder mundial na reciclagem de latas de alumínio. Mas não pense que isso ocorrre devido a um suposto alto nível de conscientização e eficiência ecológica brasileira. Essa posição se deve ao fato de termos no Brasil um exército de miseráveis sem alternativas que sobrevivem e sustentam suas famílias às custas da cata de latas de alumínio.
Reciclando, a humanidade poupa os recursos naturais, economiza energia, reduz a poluição, gera empregos e deixa as cidades mais limpas e agradáveis. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e diminui a poluição do ar em 74%.

Aquecimento Global
Pesquisas em vários pontos do planeta confirmam que a Terra está sob processo de aquecimento. O aquecimento global é uma hipótese de que o aumento da temperatura da atmosfera é a conseqüência do aumento da emissão de gases estufa, principalmente o CO2, pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis como carvão e derivados de petróleo, de indústrias, refinarias e motores automotivos. O aumento da emissão desses gases aumenta também a capacidade da atmosfera de aprisionar calor. Essa capacidade é conhecida como Efeito Estufa.

Este efeito, ao contrário do que muitos pensam, é um fenômeno natural e benéfico aos seres vivos. Quando se alerta para os riscos relacionados ao Efeito Estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação causada pela ação do homem, alterando o clima na Terra.

A atmosfera do nosso planeta é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica) emitido pela superfície aquecida da Terra. Graças a esse efeito estufa, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero. Portanto, o efeito estufa natural sempre foi benéfico ao planeta, pois criou todas as condições para a existência de vida. 

A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física. Quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor e, consequentemente, mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos nas pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno, em decorrência das ações e atividades humanas, estão provocando esse aquecimento. Como não há concenso, o Efeito Estufa ainda continuará a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.

Preocupados com o Efeito Estufa e seu impacto no aquecimento global, representantes de 160 países assinaram um acordo em 1997 para a redução da emissão de gases poluentes. O chamado “Protocolo de Kyoto” estipulou metas para a redução da emissão de gases poluentes nos países industrializados. Ainda que o presidente dos Estados Unidos se recuse a assiná-lo, o acordo tentará alcançar uma redução de 5,2% na emissão de seis gases até 2012 (CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs e SF6). Reuniões suplementares continuam sendo realizadas para tentar determinar os parâmetros finais do protocolo.

As conseqüências do aquecimento global, envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não têm opinião formada. É muito difícil prever as mudanças climáticas, os prejuízos e custos da prevenção destas mudanças e planejar ações que possam minimizar os efeitos negativos. No entanto, os efeitos desastrosos já são apontados por especialistas do mundo inteiro e alguns já acontecem embaixo de nosso olhos, como o próprio El-ninõ. As previsões indicam um aquecimento dos mares, que provocará um grande degelo dos polos e o aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, a inundação de várias áreas litorâneas. A umidade e o calor provocarão um aumento do número de insetos com o correlato aumento das doenças por eles transmitidas, como a malária. É prevista também uma redução das colheitas na maior parte das regiões tropicais e subtropicais, onde a comida já é escassa. Como se isto não bastasse, haveria um decréscimo da água disponível e, por outro lado, maior risco de enchentes em determinados locais. As áreas mais pobres do globo, por sua escassa capacidade de adaptação, serão certamente as mais vulneráveis. Essas são algumas das conclusões do Terceiro Relatório do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), um grupo organizado sob os auspícios das Nações Unidas com a finalidade de estudar as mudanças climáticas. 

Faça sua parte, o Planeta não pode mais esperar!

Preserve a fauna - Evite comprar adereços que utilizem produtos de origem animal como penas, plumas, peles, marfim e ossos.
Denuncie o tráfico de animais - Evite ter animais silvestres como bichos de estimação e denuncie o comércio destes animais.
Preserve a flora - Evite comprar móveis ou outros utensílios feitos com madeiras de árvores ameaçadas de extinção, como mogno, imbuía, araucária, peroba, canela e marfim.
Substitua o palmito - Substitua o consumo de palmito juçara, cuja espécie está ameaçada de extinção, pelos palmitos de pupunha, açaí ou palmeira real.
Economize água - Evite o desperdício durante o banho, escovação dos dentes e lavagem de louça, e evite o uso da “vasoura hidráulica” na lavagem de calçadas e ruas.
Evite a contaminação da natureza - Procure consumir produtos cultivados sem o uso de defensivos agrícolas e prefira sempre os produtos reconhecidamente não-poluidores.
Seja um consumidor consciente - Evite adquirir produtos com excesso de embalagens descartáveis, pois consomem recursos em sua fabricação e aumentam muito a quantidade de lixo.
Não desperdice energia - Utilize a energia elétrica racionalmente, evitando deixar ligados aparelhos ou lâmpadas sem necessidade.
Não jogue lixo nas ruas, parques e praias - Veja quantos anos seu lixo pode manter-se na natureza (veja tabela na página 4) e pense que esse lixo pode não só contaminar o ambiente mas também pode levar vários animais marinhos à morte por ingestão. Tartarugas morrem no mundo inteiro ao confundir saco plástico com água viva. Se onde estiver não tiver lixeiras, coloque na bolsa e descarte-o em casa.
Ajude a diminuir a quantidade de lixo - Prefira sempre produtos feitos com material reciclado.
Recicle - Separe o lixo para reciclagem e agende sua coleta seletiva (veja como, no final da matéria).
Participe de projetos ambientais - Há inúmeros projeto onde você pode participar diretamente, como voluntário, ou indiretamente, como associado, contribuindo assim para a preservação ambiental.
Seja um educador ambiental - Transmita para as pessoas e crianças que você conhece a importância de preservar nosso meio ambiente.

Águas e Oceanos

Os cientistas alertam: “a água potável será um dos primeiros recursos naturais a se esgotar nos próximos séculos”. Alguns países já se deram conta disso e competem ferozmente entre si por esse precioso recurso. Se no passado, as especiarias provocaram muitas guerras, imagine a falta de água. Já existem centenas de conflitos expalhados pelo Planeta. Os principais, como não poderia deixar de ser, estão na África e no Oriente Médio. Na América do Sul, os conflitos pelo uso da água estão concentrados em sua maioria no território brasileiro (Bacia Amazônica, Bacia da Prata, Aqüífero Guarani e Águas Costeiras).
As conseqüências da falta de água e sua contaminação já são uma realidade até mesmo no Brasil, um dos países mais rico em recursos naturais e hídricos do mundo. “Cerca de 89% das pessoas que estão nos hospitais foram vitimas da falta de acesso à água de boa qualidade” diagnostica o Ministério da Saúde.
As atividades industriais, mineradoras e agrícolas são as principais emissoras de poluentes tóxicos responsáveis pela contaminação da água. Entre as substâncias descarregadas, estão os compostos orgânicos do clorinato, minerais, derivados de petróleo, mercúrio e chumbo (todos provenientes das indústrias) e fertilizantes, pesticidas e herbicidas (da agricultura). Com as chuvas, esses poluentes são arrastados para os rios. Outra importante fonte de poluição são os esgotos. Nas cidades e regiões agrícolas, são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos e áreas de mananciais. Qualquer poluente que entre em contato com o solo ou com a água pode contaminar também os lençóis de água subterrâneos.
Os mares e oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O esgoto, em geral, é despejado sem nenhum tipo de tratamento. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos que acabam formando as chamadas marés vermelhas, que matam e intoxicam peixes e outros frutos do mar, tornando-os impróprios para a alimentação. Para piorar, um milhão de toneladas de óleo são despejadas por ano e espalham-se pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida e mata muitos animais.
Segundo Stjepan Kecknes, diretor do Centro de Programas de Atividades Oceânicas e Costeiras do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), oitenta e cinco por cento dos 20 bilhões de toneladas de material poluente despejados anualmente nos oceanos provêm dos continentes. Noventa por cento desse material permanece na área costeira, criando sérios problemas ambientais e de saúde.

A IMPORTÂNCIA DO SAL

Imagem tirada nas Salinas Ango-Sal do Rocha Magalhães/Tômbwa

O sal começou a ter uma importância vital desde muito cedo, contribuindo para o enriquecimento e progresso das nações que comercializavam. O sal é um produto muito importante, e pode ter diversos tipos de aplicações e usos, tais como:

Ø Doméstico

Ø Industrial

Ø Agrícola

Ø Usos diversos.

A crescente necessidade e preocupação do homem, para manter alimentos em bom estado levou-o a perceber, que o uso de sal, era um dos métodos que permitiam conservar os alimentos e evitar a sua degradação. A aplicação do sal na indústria também é diversa: química, salga de peixe, conserveira, panificação, lacticínios, curtumes, plásticos, saboaria. Outras indústrias também o utilizam, mas em menor quantidade: tabacos, explosivos, cerâmica, gelo, tratamentos de águas, têxteis, etc.

Indústria química transformadora

Alguns dos produtos fabricados na indústria, que utilizam o sal como matéria-prima são o carbonato de sódio, a soda cáustica e o sulfato de sódio. O carbonato de sódio tem aplicação nas indústrias do vidro, de drogas, do sabão, do papel, de cerâmica, têxtil, metalúrgica, do petróleo, de curtumes, de corantes, etc. A soda cáustica tem aplicação no fabrico de sabões, de corantes, de papel, de drogas, de borracha e na indústria têxtil, metalúrgica e de refinação de petróleo. O sulfato de sódio aplica-se na indústria do vidro, em medicina e no fabrico de outros compostos de sódio.

Indústria de salga de peixe

A salga é o processo mais antigo de conservação do peixe, encontrando-se actualmente em decadência nos países com grandes disponibilidade de refrigeração. Em Angola, com a falta de energia eléctrica constante, e como maior parte da população que vive no interior não tem sistema de refrigeração, existe a necessidade de conservar o peixe recorrendo as salgas. O sal extrai a água do corpo dos peixes, impedindo que apodreça, a sua composição química tem influência na conservação.

Indústria de conservas

Os produtos geralmente utilizados em conserva são o peixe, a carne e os vegetais. O sal actua como agente de conservação e como condimento. Quanto ao peixe, a quantidade a empregar varia sensivelmente com o tipo de conserva. Em média, para a sardinha em molhos, aplica-se à razão e 130 gramas de conserva e, para o peixe em salmoura, cerca de 450 gramas por igual quantitativo.
O consumo referente à conserva de carnes agrupam-se os produtos da indústria propriamente dita, a salga de suínos nas grandes casas de lavoura e em pequenas propriedades rurais para consumo próprio.
Entre os produtos vegetais que se consomem em conserva pelo sal destaca-se a azeitona.

Indústria da panificação

O pão é constituído fundamentalmente pela farinha, pela água e pelo sal. A incorporação do sal ao pão, confere qualidades sem as quais se tornaria impróprio para o consumo, regula a fermentação que efectua na massa, melhorando as suas características plásticas e influi, durante a cozedura, na coloração da crosta.

Indústria de lacticínios

O queijo e a manteiga exigem sal marinho para a conservação. No queijo, o excesso de quantidade de sal pode dar origem a defeitos graves: queijo duro, queijo com fendas, queijo empolado, queijo chato e sem relevo, etc. Nalguns tipos de queijos dispensa-se mesmo o sal.

A manteiga utiliza dois tipos de sal: meio-sal e com sal. Também neste lacticínio deve-se ter cuidado com o excesso de sal, para não lhe ocultar sabores e não adulterar a manteiga.

Indústria de curtumes

A salga ainda é um processo de conservação dos couros e das peles, para alguns países carentes de tecnologia avançada. O sal é salpicado a seco ou em salmoura. Nunca se deve utilizar sal que já tenha servido à conservação de outros produtos, designadamente do peixe. O emprego insuficiente de cloreto de sódio, em qualidade e quantidade, pode produzir defeitos que desvalorizam os couros e peles, ou mesmo ocasionarem o início da sua decomposição.

Indústria de plásticos

O cloreto de sódio é matéria-prima de primeira grandeza e insubstituível no fabrico de uma série de produtos plásticos de reconhecida importância.

Indústria de sabões

Na indústria de sabão o sal comporta-se como carga ou funciona como agente da relargagem. A carga destina-se a dar maior consistência ao produto e, por vezes, a aumentar-lhe o poder detergente. A relargagem consiste na separação da glicerina e das impurezas contidas nas matérias-primas do sabão propriamente dito. Os produtos relargados empregam-se geralmente no fabrico de sabonetes.

Alimentação dos animais 

Em Angola, não esta generalizada a inclusão do sal nas rações dos animais domésticos. É conhecida a avidez com que o gado lambe as paredes dos estábulos, roí a casca das árvores e a madeira, ingere terra e se lambe na ânsia de satisfazer uma verdadeira ausência de sal no organismo. O sal além de constituir um bom condimento, estimula a secreção dos sucos digestivos, aumentando a capacidade de trabalho e a resistência às doenças. 
As quantidades de sal necessárias para as espécies pecuárias, segundo os especialistas, por dia são as seguintes:



Porco…………………………….4 g
Carneiro………………………….8 g
Ovelha……………………………6 g
Vaca leiteira……………………...60 g
Cavalo……………………………20 g


Através de revistas da especialidade colheram-se as seguintes curiosas informações:


♦As misturas de sal com antibióticos reduzem as perdas dos carneiros por mortalidade;

♦ O sal com iodo evita a papeira nos cães;

♦ O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos da América do Norte
recomenda o emprego de sal nas rações dos coelhos;

♦ As soluções de sal tornam a carne de vaca macia;

♦ Usa-se o sal para atrair as grandes peças de caça, serve de isco aos alces e aos veados das montanhas;

♦ O sal dado aos pintos evita que eles se comam uns aos outros;

♦ A salmoura mata o piolho dos frangos;

♦ O sal ajuda a aumentar o número de peixes existentes em lagos de herdades.

O sal na agricultura 

Em alguns países o sal é aplicado directamente como fertilizante, à maneira de adubo, nas terras de cultivo. Na cultura de beterraba açucareira, da cevada, do trigo, da aveia e do coqueiro os resultados revelaram aumento de produção e melhoria das qualidades organolépticas dos produtos. Nos estados Unidos da América do Norte utiliza-se o sal como teste para verificação da humidade do feno a ensilar e do trigo a ceifar.

O organismo humano e o sal

Para além de temperar a comida, o sal é um bem essencial ao nosso organismo. Está provado cientificamente, que o ser humano não pode viver sem sal, o cloreto de sódio é fundamental para a manutenção do metabolismo e para o sistema imunológico. A perda de minerais importantes ao funcionamento do organismo, devido ao nosso ritmo activo ao longo do dia, causa um grande desgaste físico. O sal é facilmente absorvido pelo organismo, pelo seu equilíbrio existente na água do mar relativa aos seres vivos, a seguir descrevemos alguns minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo humano.

Os sais minerais

A água do mar contém, em dissolução, uma certa quantidade de sais, cujas concentrações estão dependentes de vários factores, tais como solubilidade, presença ou ausência de outros sais, temperatura, pH, etc. Um dos sais mais abundantes é o cloreto de sódio, para além de existirem outros sais em dissolução na água, importantes e indispensáveis para um bom funcionamento do corpo humano.

Sódio: Tem um papel importante em diversas funções do organismo, a começar pelo equilíbrio entre os fluidos celulares e extracelulares. Activa a transmissão de impulsos nervosos por todo o corpo, e permite o funcionamento do cérebro e o controlo das funções vitais do organismo.

Cloro: Fundamental para uma boa saúde e para o processo digestivo.No estômago, ele é a base para o suco gástrico, que ajuda a digerir os alimentos. O cloro eleva a capacidade do sangue de levar gás carbónico das células para os pulmões.

Potássio: Elemento metálico, semelhante ao sódio, no organismo a vida depende do correcto equilíbrio entre a alta concentração de potássio ao interior das células e a alta concentração de sódio nos líquidos intercelulares. Os impulsos nervosos são transmitidos por correntes eléctricas associadas a momentâneas trocas de sódio e potássio. Um pequeno excesso de ou défice de potássio perturba a acção do coração, e variações maiores são suficientes para o fazer parar. Quando há perdas de líquido do organismo; por exemplo nas diarreias e nas queimaduras, ou quando o equilíbrio entre os ingressos e as perdas de potássio é alterado por certas drogas, a taxa correcta de potássio pode necessitar de ser mantida artificialmente. A maior parte das frutas fornece um bom suprimento de potássio, mas algumas vezes os sais de potássio têm de ser dado como medicamento.

Magnésio: Um adulto ingere em média cerca de 0,3 g de iões de magnésio por dia. O magnésio é importante nos líquidos orgânicos, sendo essencial no sistema nervoso.

Cálcio: O cálcio é um elemento essencial na matéria viva. É componente maioritário dos ossos e dos dentes. O cálcio desempenha um papel vital na actividade cardíaca, coagulação sanguínea, na concentração muscular e na transmissão nervosa. 

Iodo: é um mineral que uma quantidade pequena é necessário à saúde, por ser um componente da hormona tiróida. Em Angola, a alimentação e a água não fornecem as quantidades suficientes de iodo, sendo que os habitantes estão sujeitos a bócio – aumento da tiróide – apresentando uma tumefacção arredondada no pescoço. Se os alimentos forem ricos em iodo, a tumefacção diminui. 

Os produtos

Sal Marinho


Em Angola e nos países subdesenvolvidos, existe uma deficiência de iodo nos alimentos e na água, provocando o bócio endémico nas regiões afastadas do litoral. Esta deficiência desenvolve uma disfunção na glândula tiróide.


O sal marinho artesanal, rico em iodo natural, pode ter uma intervenção nutricional eficaz, reduzindo o risco de bócio endémico, tem efeitos bastante benéficos para o ser humano visto, que este sal contém não só cloreto de sódio (como usualmente se define em termos químicos) mas também oitenta minerais bastante importantes, os oligoelementos existentes na água do mar, tal como a isenção total de lodos e/ou insolúveis, tornado este sal um produto alimentar de excelência.

Flor de Sal

É um produto com muita procura no mercado «gourmet» internacional. Utilizado em alta cozinha para dar um paladar requintado aos pratos, é considerado pelos chefes de cozinha como o Rolls-Royce do sal. É um produto cada vez mais requisitado por hotéis de luxo e chefes de cozinha de todo o mundo. O sabor da nossa flor de sal, será obviamente preponderante, com um elevado grau de pureza.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DA CAMADA DE OZONO

Faça o downloads do resumo do conteúdo da minha entrevista concedida a Rádio Namibe no dia 16 de Setembro de 2010 e do resumo do meu trabalho de defesa de fim de curso sobre  a Degradação Ambiental Causada pelo Acondicionamento Inadequado dos RSU na Cidade do Namibe, clicando nos links abaixo.
http://sharex.xpg.com.br/files/3774336259/Slides_1.3.pptx.html
http://sharex.xpg.com.br/files/3442351577/Camada_de_Ozono.pptx.html

Se o não conseguir acessar o link, acesse uma nova pagína e cole-o na barra de endereço. obrigado

DIA 16 DE SETEMBRO DIA MUNDIAL DA PRESERVAÇÃO DA CAMADA DE OZONO (É HORA DE REFLEXÃO)

O que é a camada de ozono?
A camada de ozono localiza-se a cerca de 20 a 45Km por cima das nossas cabeças. Quimicamente é formada por 3 átomos de oxigénio(O3).
 
O oxigénio da nossa atmosfera, aquele que respiramos, é formado por 2 átomos de oxigénio (O2), com os raios ultravioletas provenientes do Sol, o oxigénio pode-se separar e estes ficam livres (O) para se ligarem ao (O2),  o que origina o Ozono (O2+O) = (O3).

O Ozono é a camada que nos protege dos raios ultravioletas vindos do Sol. Estas radiações provocam os cancros de pele e danificam o sistema imunológico humano, as pessoas tornam-se mais vulneráveis a doenças infecciosas.Calcula-se que uma diminuição de 1% na espessura da camada provocaria um aumento de 3 a 6% no aparecimento do cancro da pele.

Qualquer alteração na camada de ozono pode modificar drasticamente o clima. A camada Mantem o calor, com a sua diminuição o ar arrefece mudando por completo os padrões globais do vento, tudo isto se reflecte numa alteração do clima o que por sua vez irá afectar toda a Vida do planeta Terra.

O Buraco da camada de Ozono
Ouve-se falar com frequência do buraco do ozono, na verdade não se trata de um verdadeiro buraco, mas sim de uma diminuição da espessura da camada.

Todos os anos, pela primavera por cima da Antárctida reaparece o "buraco" de ozono que tem o tamanho dos E.U.A. Ao longo do ano, com as mudanças de ventos o "buraco" enche-se de ozono vindo do restante planeta, o que implica um decréscimo da espessura da camada nos outros locais. Só a título de exemplo, no canadá durante o inverno, a camada de ozono está cerca de 20% abaixo dos seus valores normais.

Os causadores da diminuição da camada, já todos sabemos que tem a ver com a poluição, e desta o uso dos CFC, é o prinicpal responsável.
Os CFC, são compostos químicos que se encontram nos gases utilizados para a refrigeração, frigoríficos e ares condicionados, assim como nos aerossóis (sprays).

Estes CFC, têm cloro na sua composição e quando atinguem a camada de ozono o cloro através dos os raios ultravioletas dissociam as moléculas de Ozono (O3)-> (O+O+O), voltando estes átomos a formar novas moléculas de O2 e não de O3), destruindo assim a camada. 

Toma atenção aos produtos que utilizas! Lê as embalagens, escolhe os produtos amigos do ambiente!

Atenção, isto de que falamos não irá afectar só o futuro, com toda a certeza já deste conta das alterações climáticas que temos vindo a  sofrer.

sábado, 11 de setembro de 2010

RETRATO DE ALGUMAS PRAIAS PARADISIACAS DO NAMIBE

AMBIENTE VISTO EM DUAS DIMENSÕES: TERRA vs MAR

A poluicao tem constituido um dos problemas actuais das nossas comunidades tanto no Pais como no mundo, em particular na nossa Província do Namibe. Algo que inquieta e que todos esperamos a actuação das forcas do governo, para sua solução enquanto muitos se encontram parados e de bracos cruzados.
Sim, é dever de todos ajudar na conservação dos espacos em que nos humanos habitamos, mais o que fazer perante os problemas ambientais que nos assolam? Por vezes conversas tais acessas são discutidas em bares, barracas, cafes, conversas de esquina, mais solucões para sua praticidade?

Bom, diz-se que em nossas casas se inicia a boa educacão  e para fora ela transportada para contágio das massas em forma de comportamento etico e moral aceitaveis.

Sera que a educação sobre o ambiente é importante, para colmatar os problemas que assolam, por exemplo nosso Bairro do Eucaliptos? Imaginemos uma comunidade e sociedade, rica em conceitos de protecção ambiental, olhando a cidade como um local agradavel de ver e viver devido as avenidas/ruas arborizadas e cuidadas, edificios altamente limpos e pintados, ruas limpas repletas de redes de escoamento de águas resíduais em condições para evitar cheiretes, latas de deposição do lixo e colecta selectiva dos lixos.

No mar, o respeito pelas praias como lugar de lazer e sobrevivência para pescadores, fonte de alimento para os namibenses devido ao peixe. O comportamento que se deve ter as praias deve ser exemplar e não o que se tem reparado no dia-dia.

Vezes sem conta reclamamos que a praia esta insuportavel e que praia ja nao é mais. Mais eu digo:Ainda é Uma das Melhores Praias que os que cá vivem e vem visitar tem. Há que pensar positivamente em como podemos recupera-las  e fazer delas locais actrativos e bom de se estar. Claro, que não será com a mesma potencialidade e beleza cenica que outrora tinha, mais com criatividade e olhar responsável de quem de direito e todos municipes para recuperar estas ricas e lindas praias.

As velas dos pescadores por exemplo, são fonte de inspiração para fotos postais etc, que pelo mar espalham a sua velocidade com os ventos, estimulam momentos de lazer perfeitos para que pessoas assistam e sintam a beleza e força do mar, os meninos e seus flicks e futsal, enfim milhares de actividades podem ser exploradas.

Porque não proteger e conservar o ambiente do nosso Namibe? De quem estamos a espera para colocar nossa contribuição?

Faça a sua parte dá o teu exemplo!!!!

IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO PARA O VERÃO

O Verão chegou e a temperatura já começou a subir. Com isso, aumenta a temperatura do corpo. É nesse momento que o corpo elimina o suor, com o objectivo de manter a temperatura adequada do organismo. Com o suor perde-se água e sais minerais que são essenciais para o funcionamento do organismo.

A água faz parte de todos esses mecanismos. Inclusive para respiração, coração, rim e todos os outros orgãos funcionarem. Eliminamos em torno de 2,5l de água por dia pela urina, fezes, respiração e transpiração. Precisamos tomar 8 copos de água por dia, mas será que somente a água hidrata o organismo?

Muitas pessoas perguntam isso. A água é o único líquido que além de hidratar o organismo, limpa e não possui energia (caloria). O suco hidrata também, é óptimo em vitaminas e minerais, mas possui o açúcar das frutas. Até mesmo o consumo excessivo de sucos e frutas podem levar ao aumento de peso. Os chás ajudam sim na hidratação e quase não tem calorias se for consumido sem açúcar, mas existe o efeito nas ervas. Não devemos tomar mais que 3 xícaras de chá, da mesma erva, por dia, a não ser com orientação e acompanhamento de um profissional da área. Em resumo, podemos sim hidratar o organismo com sucos e chás, mas não podemos esquecer da água. Ela tem que vir em maior quantidade ao longo do dia.

Os alimentos, principalmente frutas e vegetais tem um papel importantíssimo na hidratação. Lembram que eu comecei dizendo que com o suor perdemos minerais também? Então, nos alimentos hidratamos e nutrimos o nosso organismo. No verão fica muito mais gostoso ingerir saladas. Aproveite isso para melhorar o consumo de vegetais!

Muitas pessoas dizem que não tomam água por não sentirem sede. Mas esse é um grande erro. Quando sentimos sede significa que já estamos desidratando e o organismo está mandando um sinal para buscar água. Se você não atender esse sinal o seu corpo aprende a trabalhar com menos água e diminui o seu metabolismo (energia que gastamos para viver). Isso dificulta o funcionamento do organismo e atrapalha quem quer perder peso.

E não pensem que o refrigerante ou suco artificil serão bem vindos na hidratação. Devido aos produtos químicos que possui, não devem ser consumidos com frequência.

Agora é levar a sua garrafinha de água e curtir tudo de bom que o verão nos proporciona!!!

ONDE DE CALOR DA RUSSIA SEM PRECEDENTES DOS ULTIMOS MIL ANOS

O director dos Serviços Meteorológicos russos, Alexandre Frolov, declarou hoje que o país nunca conheceu uma onda de calor tão intenso durante os mil anos da sua história.
  
"Desde o momento da formação do nosso país, ou seja, num período de mil anos, nada de semelhante aconteceu do ponto de vista do calor. Nem nós, nem os nossos antepassados fixámos tal coisa", disse em conferência de imprensa. "Trata-se de um fenómeno absolutamente único, não há nada igual nos arquivos das observações".

Frolov sublinhou que este fenómeno não confirma nem desmente a hipótese do "aquecimento global". "Se nos próximos 30 anos a situação se repetir, então estaremos perante o aquecimento global".

O Ministério para Situações de Emergência russo informou que continuam activos 557 focos de incêndios numa área de 174.000 hectares. Em algumas regiões os bombeiros conseguiram estabilizar a situação e o número de novos incêndios é inferior aos apagados: 239 e 247 respectivamente.

Neste Verão a Rússia registou 26.000 fogos florestais numa área de 750.000 hectares. No combate às chamas participam mais de 160.000 bombeiros, apoiados por 26 meios técnicos, incluindo 42 aviões e helicópteros.

Países como a Ucrânia, Cazaquistão, Arménia, Azerbaijão, Polónia, França e Alemanha enviaram homens, aviões e helicópteros para ajudar no combate às chamas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

EM 2030 SERÃO PRECISOS DOIS PLANETAS PARA SUPORTAR O CONSUMO HUMANO

Ao ritmo de consumo actual, a humanidade, para satisfazer suas necessidades no início da década de 2030, vai precisar de dois planetas, alerta o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

A pegada ecológica da humanidade, que avalia o consumo de recursos naturais, já superou em 30% as capacidades do planeta de se regenerar, destaca o WWF no relatório Planeta Vivo 2008.
O Relatório explica que a pressão da humanidade sobre o planeta duplicou nos últimos 45 anos por dois motivos: crescimento demográfico e aumento do consumo individual.

A sobreexploração está esgotando os ecossistemas e os desperdícios acumulam-se no ar, na terra e na água.

Como resultado a escassez de água, a redução da biodiversidade e as alterações climáticas, causadas pela emissão de gases que provocam o efeito estufa, "colocam cada vez mais em risco o bem-estar e o desenvolvimento de todas as nações", informa o WWF.
O "Índice Planeta Vivo", um instrumento criado para medir a evolução da biodiversidade mundial e que envolve 1.686 espécies de vertebrados em todas as regiões do mundo, registrou queda de quase 30% nos últimos 35 anos.

Perante a redução deste índice, parece cada vez mais improvável que alcancemos o objectivo, no entanto modesto, estabelecido na Convenção do Rio sobre a diversidade biológica: diminuir a redução da biodiversidade mundial até 2010", destaca o WWF.

Além da pegada ecológica mundial e do Índice Planeta Vivo, o relatório apresenta um terceiro instrumento de medida, "a pegada de água", que avalia a pressão resultante do consumo sobre os recursos hídricos em escala nacional, regional e mundial.

O grande problema é que a água é um recurso distribuído de forma muito desigual em todo o mundo.

Desta maneira, 50 países enfrentam actualmente um ‘stress‘ hídrico moderado ou grave, segundo o WWF. Além disso, o número de pessoas que sofrem com a falta de água, seja durante todo o ano ou por temporadas, aumentará em consequência do aquecimento global, conclui o organismo de defesa da Ecologia.

A «pegada ecológica», índice da WWF, traduz a quantidade de terra e água necessárias para sustentar as gerações actuais, tendo em conta os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população.

Os americanos têm uma pegada ecológica média de 9,4 hectares, o equivalente a 4,5 planetas Terra, enquanto os chineses - com uma população quatro vezes superior à dos Estados Unidos - têm uma pegada de 2,1 hectares por pessoa (um planeta).

Alguns países, como os EUA e a China, consomem mais do que a sua biocapacidade (aquilo que os seus ecossistemas são capazes de oferecer), caracterizando-se como «países devedores ecológicos».

A União Europeia tem também um deficit ecológico que a WWF considera «muito preocupante», com uma pegada ecológica de 4,7 hectares por cidadão (2,3 Planetas Terra) e uma biocapacidade de 2,3 hectares.

Portugal tem uma pegada ecológica média de 4,4 hectares, estando em 28 lugar numa lista de 151 países, e uma biocapacidade de apenas 1,2 hectares (95 lugar): «Seriam necessários dois planetas para manter o padrão médio de consumo de cada português», afirma a WWF em comunicado.

Relativamente à pegada de água «Em Portugal a situação é também preocupante», diz a WWF, referindo que o indicador de uso de água é de 2,26 milhões de litros por pessoa por ano, ocupando Portugal o sexto lugar entre 151 países.

Para Luís Silva, da WWF, «esta situação revela que o nosso país pode vir a enfrentar problemas de escassez de água, em consequência das alterações climáticas previstas para a Bacia do Mediterrâneo, onde Portugal se insere. A mudança de hábitos no consumo de água será fundamental para evitar o colapso deste recurso.»

EVITE DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS

Ao preparar a comida, evite desperdício: talos, folhas, sementes e cascas têm grande valor nutritivo e possibilitam variações no cardápio. Experimente receitas que aproveitem os alimentos ao máximo. 

Além de formar lixo, desperdiçar comida significa também desperdiçar água (cerca de 70% da água disponível é usada na irrigação da lavoura) e poluir a atmosfera (cientistas estão ligando a actividade agrícola ao aquecimento global).

Para conservar os alimentos, evite usar papel alumínio ou filme plástico. Prefira produtos duráveis, como potes de plástico com vedação, tipo “Tupperware”.

USE AR CONDICIONADO COM MODERAÇÃO

Os aparelhos de ar-condicionado são os maiores consumidores de energia elétrica em uma residência, só perdendo para o boiler (aquecedor de água elétrico) e para o fogão elétrico (equipamento pouco usado em Angola). Segundo cálculos do Procel, o ar-condicionado, durante o verão, é responsável por um terço do gasto de eletricidade doméstico. Veja como gastar menos para manter sua casa refrescada no verão:
  • Ao instalar o aparelho de ar-condicionado, evite que o sol bata sobre ele.
  • Deixe as janelas e as portas do ambiente refrigerado fechadas e desligue o aparelho quando o ambiente estiver vazio.
  • Feche janelas e cortinas do ambiente refrigerado, impedindo que o sol bata lá dentro, pois isso vai aumentar a temperatura interna e exigir mais trabalho do ar-condicionado.
  • Ao comprar um aparelho de ar-condicionado, prefira os que têm o selo Procel, pois são mais eficientes e gastam menos energia elétrica. Como o ar-condicionado gasta muito, usar um equipamento com o selo faz grande diferença na economia de energia.
  • Procure comprar um equipamento adequado para o ambiente em que será instalado, evitando o uso de um aparelho com muita potência (e que gasta mais energia) em um lugar pequeno.
  • Mantenha os filtros sempre limpos, pois a sujeira prejudica a circulação de ar e exige que o motor trabalhe mais, aumentando o gasto de energia.

USE DOIS LADOS DE UMA FOLHA DE PAPEL

Você já deve ter escutado que, ao economizar papel, está colaborando para com o meio ambiente, pois evita a produção de resíduos e a derrubada de árvores. No entanto, ao adotar essa prática, você estará também economizando água. Para se produzir um quilo de papel são necessários 540 litros de água. 

Assim, uma empresa que gaste uma média de 50 mil folhas de papel por mês (cem pacotes de 500 folhas), o que é um gasto razoável para uma empresa com cerca de 50 a 100 pessoas, estará também gastando, indiretamente, 128.000 litros de água mensais. Se metade do papel utilizado passasse a ser usado dos dois lados (frente e verso), o consumo de papel cairia 25% (e o de água utilizada em sua fabricação também).

Se vinte empresas de mesmo porte resolvessem aderir a essa prática, em um ano teriam economizado água suficiente para encher três piscinas olímpicas, ou abastecer 30 famílias durante esse período.

ECONOMIZE NO BANHEIRO

As bacias sanitárias com caixa acoplada gastam, em média, 12 litros de água a cada vez que a descarga é accionada. Se você tem em sua casa descargas desse tipo e usa o banheiro cinco vezes por dia, gasta 60 litros de água diariamente. 

Existe, porém, uma maneira simples de reduzir este gasto, colocando uma garrafa PET (aquelas de refrigerante) de 2 litros, cheia de água, dentro da caixa d´água da bacia. Com isso, você estará economizando 2 litros por descarga, ou 10 litros por dia. 

Se esta prática for adoptada em todos os banheiros da casa em que habita uma família de quatro pessoas, essa economia será de 40 litros por dia. Em um ano, essa água poupada é suficiente para matar a sede de 20 pessoas durante o ano inteiro.

E não se esqueça de nunca usar o vaso sanitário como lixeira, pois cada vez que você acciona a descarga para se livrar de papéis ou pontas de cigarro joga fora sem necessidade água limpa e tratada.

Dica: Existem bacias sanitárias mais modernas, com apenas 6 litros de água. Para saber se a sua é desse tipo, basta tentar colocar a garrafa PET dentro. Se não couber, significa que você já está gastando uma quantidade bem menor de água por descarga.

IMPORTANCIA DOS ESPAÇOS VERDES URBANOS

O conceito de espaço verde urbano e respectivas funções sofreram profundas alterações ao longo do tempo, sendo actualmente aceites de forma unânime os seus múltiplos papéis de fundamental importância para o bem-estar da população urbana.
A necessidade de espaços verdes urbanos é uma das consequências da evolução que as cidades têm sofrido ao longo do tempo.

Foi a partir da era industrial, com o êxodo da população rural para a cidade, que surgiu o conceito de “espaço verde urbano”, como espaço que tinha por objectivo recriar a presença da natureza no meio urbano. No século XIX os espaços verdes funcionavam como locais de encontro, de estadia ou de passeio público.

Nas cidades mais industrializadas surge, posteriormente, o conceito de “pulmão verde”, ou seja, o de espaço verde com dimensão suficiente para produzir o oxigénio necessário à compensação das atmosferas poluídas. Foi à luz deste conceito que surgiu o Parque de Monsanto, em Lisboa. Mais tarde, este conceito evoluiu para o de “cintura verde” a rodear a “cidade antiga”, separando-a da “zona de expansão”.

No início do século XX surgiu a teoria do continuum naturale, baseada na necessidade da paisagem natural penetrar na cidade de modo tentacular e contínuo, assumindo diversas formas e funções: espaço de lazer e recreio; enquadramento de infra-estruturas e edifícios; espaço de produção de frescos agrícolas e de integração de linhas ou cursos de água com os seus leitos de cheia e cabeceiras. Este objectivo é realizado quer através da criação de novos espaços, quer da recuperação dos existentes, e da sua ligação através de “corredores verdes”, integrando caminhos de peões e vias.

É esta a lógica que ainda hoje se mantém. Os espaços verdes urbanos, quer públicos quer privados, assumem uma crescente importância nas políticas regionais e municipais, procurando-se uma lógica de contínuo vivificador de todo o tecido urbano e de ligação ao espaço rural envolvente.

Padrões recomendados para a estrutura verde urbana
 
Cada ser humano tem necessidade de uma quantidade média de oxigénio igual à que pode ser fornecida por uma superfície foliar de 150 m2. Tendo por base esta superfície, o valor global considerado desejável para a estrutura verde urbana é de 40 m2/habitante.