quarta-feira, 28 de julho de 2010

ISO 14000


Definição


O ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas (privadas e públicas). Estas normas foram definidas pela International Organization for Standardization - ISO ( Organização Internacional para Padronização).
 Estas normas  foram criadas para diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais através de seus processos de produção. Seguindo as normas do ISO 14000, estas empresas podem reduzir significativamente estes danos ao meio ambiente.
Quando uma empresa segue as normas e implanta os processos indicados, ela pode obter o Certificado ISO 14000. Este certificado é importante, pois atesta que a organização possui responsabilidade ambiental, valorizando assim seus produtos e marca. Para conseguir e manter o certificado ISO 14000, a empresa precisa seguir a legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para seguirem as normas, diagnosticar os impactos ambientais que está causando e aplicar procedimentos para diminuir os danos ao meio ambiente.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL


O que é responsabilidade ambiental 

Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes, individuais ou empresarias, voltado para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade. 
Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental individual: 
- Realizar a reciclagem de lixo (resíduos sólidos).
- Não jogar óleo de cozinha no sistema de esgoto.
- Usar de forma racional, economizando sempre que possível, a água.
- Buscar consumir produtos com certificação ambiental e de empresas que respeitem o meio ambiente em seus processos produtivos.
- Usar transporte individual (carros e motos) só quando necessário, dando prioridades para o transporte coletivo ou bicicleta.
- Comprar e usar eletrodomésticos com baixo consumo de energia.
- Economizar energia elétrica nas tarefas domésticas cotidianas.
- Evitar o uso de sacolas plásticas nos supermercados. 

Exemplos de atitudes que envolvem a responsabilidade ambiental empresarial: 
- Criação e implantação de um sistema de gestão ambiental na empresa.
- Tratar e reutilizar a água dentro do processo produtivo.
- Criação de produtos que provoquem o mínimo possível de impacto ambiental.
- Dar prioridade para o uso de sistemas de transporte não poluentes ou com baixo índice de poluição. Exemplos: transporte ferroviário e marítimo.
- Criar sistema de reciclagem de resíduos sólidos dentro da empresa.
- Treinar e informar os funcionários sobre a importância da sustentabilidade.
- Dar preferência para a compra de matéria-prima de empresas que também sigam os princípios da responsabilidade ambiental.
- Dar preferência, sempre que possível, para o uso de fontes de energia limpas e renováveis no processo produtivo.
- Nunca adotar ações que possam provocar danos ao meio ambiente como, por exemplo, poluição de rios e desmatamento.

Erosão



Introdução   
A erosão é um processo de deslocamento de terra ou de rochas de uma superfície. A erosão pode ocorrer por ação de fenômenos da natureza ou do ser humano.
 
Causas naturais

No que se refere às ações da natureza, podemos citar as chuvas como principal causadora da erosão. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. Desta forma, provoca o deslocamento de terra. O vento e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão.
Quando um vulcão entra em erupção quase sempre ocorre um processo de erosão, pois a quantidade de terra e rochas deslocadas é grande.
A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão.

Causas humanas

O ser humano pode ser um importante agente provocador das erosões. Ao retirar a cobertura vegetal de um solo, este perde sua consistência, pois a
água, que antes era absorvida pelas raízes das árvores e plantas, passa a infiltrar no solo. Esta infiltração pode causar a instabilidade do solo e a erosão.

Atividades de mineração, de forma desordenada, também podem provocar erosão. Ao retirar uma grande quantidade de terra de uma jazida de minério, os solos próximos podem perder sua estrutura de sustentação. 


Prejuízos ao ser humano

A erosão tem provocado vários problemas para o ser humano. Constantemente, ocorrem deslizamentos de terra em regiões habitadas, principalmente em regiões carentes, provocando o soterramento de casas e mortes de pessoas. Os prejuízos econômicos também são significativos, pois é comum as erosões provocarem fechamento de rodovias, ferrovias e outras vias de transporte.


Formas de evitar

· Não retirar coberturas vegetais de solos, principalmente de regiões montanhosas;

· Planejar qualquer tipo de construção (rodovias, prédios, hidrelétricas, túneis, etc) para que não ocorra, no momento ou futuramente, o deslocamento de terra;
· Monitorar as mudanças que ocorrem no solo;
· Realizar o reflorestamento de áreas devastadas, principalmente em regiões de encosta.

BIODIVERSIDADE

A Maior Welwitchia Mirabilis no Deserto de kalahari Namibe
O que é biodiersidade (conceito) 
A palavra biodiversidade é um neologismo construído a partir das palavras biologia (bio=vida) e diversidade (grande variedade). Ela significa a diversidade do mundo vivo na natureza, ou seja a grande quantidade de espécies em nosso planeta.
O termo em inglês biological diversity (diversidade biológica) foi criado por Thomas Lovejoy no ano de 1980, enquanto o termo biodiversity (biodiversidade) foi inventado por W.G. Rosen em 1985. Desde este momento, o termo e o conceito são muito utilizados entre os biólogos, ambientalistas e ecologistas do mundo todo.

Exemplos 
Se prestarmos atenção na natureza, poderemos entender melhor este conceito. Existe uma grande variedade de espécies dentro de cada comunidade, habitat e ecossistema. Entre as árvores, por exemplo, existe uma grande diversidade de espécies. O mesmo acontece entre os vírusfungos, as bactérias, as aves etc. Se pegarmos como exemplo o ecossistema da Amazônia: quantas espécies animais e vegetais vivendo em um perfeito equilíbrio. Portanto, podemos afirmar que existe uma diversidade neste ecossistema, ou seja, podemos usar o termo “ a biodiversidade da Floresta Amazônica”.

O surgimento deste termo está relacionado diretamente com o aumento da consciência ecológica no final do século XX, principalmente a respeito da extinção de espécies animais e vegetais. Em seu sentido mais amplo, biodiversidade significa “vida sobre a Terra”. 
A biodiversidade pode ser subdividida em três níveis:

1) diversidade genética: que corresponde a diversidade dos genes numa espécie (diversidade intra-específica);
2) diversidade específica: é a diversidade das espécies animais e vegetais;
3) diversidade ecossistêmica: que corresponde à diversidade dos ecossistemas presentes em nosso planeta.
Você sabia?
- Que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade? Em função disto, ocorrerão diversos eventos no mundo todo com o objetivo de divulgar a importância da biodiversidade para o nosso planeta. Ocorrerão também eventos voltados para a preservação da diversidade de espécies em nosso planeta.

SUSTENTABILIDADE

Gestão Ambiental: sistema importante para as empresas preocupadas com o meio ambiente 
Conceito de sustentabilidade

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, assustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.

Ações relacionadas a sustentabilidade


- Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário. 
- Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
- Ações que visem o incentivo a produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
- Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
- Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
- Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.

- Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
- Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Benefícios
A adoção de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras gerações.

O MEIO AMBIENTE É DE TODOS

Lagoa do Arco Município do Tômbwa
 Nas últimas décadas o agravamento dos problemas ambientais provocou mudanças profundas no modo de pensar, agir e relacionar dos políticos, empresários e pessoas em geral, fazendo com que nossa sociedade despertasse para atuar de forma contundente na proteção da natureza.
Até alguns anos atrás só se falava em progresso ou desenvolvimento e aparentemente todo mundo entendia e concordava. Assim, o que cada país queria era o crescimento econômico a qualquer custo, sem se preocupar muito com o que se passava fora de suas fronteiras políticas.
Com o passar do tempo, as nações foram percebendo que não poderiam ficar isoladas para resolver seus diversos problemas, especialmente no que se refere aos problemas ecológicos, que tem caráter multidisciplinar e tansfronteiriço, pois o meio ambiente não se prende às fronteiras políticas e, além do mais, as questões ambientais por sua enorme complexidade necessitam do envolvimento de profissionais de diversas áreas.
Por isso mesmo não adianta nada transferir uma indústria poluidora de uma área ou país para outra localidade, pois considerando a biosfera o problema ainda continuará existindo e afetando outras partes que de uma maneira ou outra estão interligadas. Os acidentes atômicos, o derramamento de petróleo nos mares, as queimadas e os desmatamentos ilegais das florestas tropicais, a poluição dos rios e lagos, a produção exagerada de lixo nas cidades são alguns dos inúmeros exemplos de problemas ambientais que nos levam à conclusão de que a questão do meio ambiente é mundial.
No passado era freqüente a idéia de que um povo ou nação poderia viver isolado, que cada país poderia fazer o que bem entendesse com o seu território e com os seus recursos naturais. Mas, hoje, se sabe que esse tipo de comportamento é nocivo e pode levar a humanidade à ruína.
É certo que a problemática ambiental, mesmo apresentando diferenças nacionais e regionais, é antes de mais nada uma questão planetária. Atualmente, há um consenso de que todos nós fazemos parte de uma mesma biosfera – uma única casa habitada por todos, seres humanos, animais, plantas e todas as demais formas de vida. Isso nos leva a compreensão de que o meio ambiente é global, o que certamente implica no envolvimento de todos.
Agora, mais do que nunca, sabemos da necessidade urgente de garantir um futuro sustentável para nosso planeta.
É necessário criar formas de proteção da natureza que sejam planetárias, que não fiquem dependentes somente de interesses locais, e às vezes mesquinhos dos governos nacionais.
Além do trabalho de especialistas e autoridades, é fundamental que cada segmento da sociedade, e, em particular, cada cidadão, se envolva com as questões ambientais, tomando conhecimentos dos problemas e participando ativamente para resolvê-los.
O meio ambiente é de todos, por isso procure dar sua parcela de contribuição. Faça sua parte e ajude a proteger o nosso planeta !!!

SAIBA COMO FAZER PAPEL RECICLADO


O QUE VOCÊ PRECISA:
 
· papel e água
· bacias: rasa e funda
· balde
· moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
· moldura de madeira vazada (sem tela)
· liquidificador
. jornal ou feltro
· pano (ex.: morim)
· esponjas ou trapos
· varal e pregadores
· prensa ou duas tábuas de madeira
· peneira côncava (com "barriga")
· mesa

ROTEIRO:

A - Preparando a polpa:

Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta.

B - Fazendo o papel:

1. Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.
2. Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
3. Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
4. Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.
5. Tire o excesso de água com uma esponja.
6. Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o jornal ou morim.

C - Prensando as folhas

Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:

· Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.
· Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.
· Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro pesado por uma semana.

Efeitos decorativos

Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.
Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à polpa.

Dicas importantes

A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou grampos.
Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificador
Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.
Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).
A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.

ENTERRO ECOLOGICO: CREMAÇÃO E ENTERRO FICAM AMBIENTALMENTE CORRECTO

Eternamente verde: as pessoas que se preocupam com o meio ambiente durante a vida brevemente poderão continuar sendo "verdes" também depois da morte.

Eternamente verde
As pessoas que se preocupam com o meio ambiente durante a vida brevemente poderão continuar sendo "verdes" também depois da morte.
Engenheiros europeus desenvolveram dois métodos inusitados de eliminação do corpo: o primeiro é um método de cremação de baixa temperatura, e o segundo é um método mais ecológico do que o tradicional enterro, transformando rapidamente o corpo em uma espécie de adubo.
As duas técnicas foram publicadas nesta semana na revista da American Chemical Society, dos Estados Unidos.
Preocupações fúnebres
A editora da revista, Sarah Everts, comenta o artigo, afirmando que as pessoas ambientalmente conscientes têm várias preocupações sobre a cremação e as práticas do enterro.
A alta temperatura da cremação queima muito combustível e emite dióxido de carbono na atmosfera, o principal gás de efeito estufa. A cremação também libera no ar o mercúrio das obturações dentárias do finado.
Outros, prossegue Everts, temem que o formaldeído e outras substâncias tóxicas que as funerárias usam para preparar os corpos para o enterro possam "acabar contaminando o ambiente ao redor dos cemitérios" (sic).
Cremação de baixa temperatura
As novas técnicas já estão sendo lançadas empresarialmente na Europa e nos Estados Unidos.
A cremação de baixa temperatura substitui a queima do combustível e o calor por uma substância alcalina altamente corrosiva, que literalmente dilui o corpo.
Como a temperatura utilizada neste novo processo é 80 por cento menor do que a temperatura da cremação padrão, o processo usa menos energia e produz menos emissões de dióxido de carbono.
Compostagem póstuma
O outro método, que substitui o enterro tradicional, faz uma espécie de compostagem do cadáver. O processo começa com o congelamento do corpo em nitrogênio líquido, quebrando-o em pedaços menores.
A seguir, os restos são secos por um processo chamado liofilização, por meio do qual a água congelada sublima-se, passando diretamente da fase sólida para gasosa.
Finalmente, o que sobrou é colocado dentro de um caixão biodegradável para o enterro, e o ambientalista liofilizado pode descansar duplamente em paz - consigo e com o meio ambiente.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

É uma política de desenvolvimento que procura melhorar a qualidade de vida das pessoas sem hipotecar a qualidade de vida e os recursos das gerações futuras.


O Desenvolvimento Sustentável só pode ser alcançado se o ambiente, a sociedade e a economia evoluírem de forma harmoniosa.

Agenda 21

“Cada poder local deve iniciar um diálogo com seus cidadãos, organizações locais e empresas privadas e aprovar uma “Agenda 21 local”. Através de consultas e da promoção de consensos, as autoridades locais ouvirão os cidadãos e as organizações cívicas, comunitárias, empresariais e industriais locais, obtendo assim as informações necessárias para formular melhores estratégias. O processo de consultas aumentará a consciência das pessoas em relação ao Desenvolvimento Sustentável.” (Agenda 21, Capítulo 28)

Em 1997 o Secretário Geral da Nações Unidas, numa sessão para avaliar o progresso em termos mundiais da implementação da Agenda 21, disse que “(…) alguns dos desenvolvimentos mais promissores ocorreram ao nível de cidades e municípios, onde as iniciativas para a Agenda 21 Local têm predominado. (…) Os planos e estratégias de escala local, têm provado, em termos de impactes directos, serem mais bem sucedidos do que aqueles a nível nacional “.

A Agenda 21 Local resultou da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (CNUAD), no Rio de Janeiro (Brasil), em Junho de 1992.

A Agenda 21 Local é um processo participativo, multi-sectorial, dinâmico, que visa promover o desenvolvimento sustentável.

Ser sustentável é ser:

  • Ecologicamente correto

  • Economicamente viável

  • Socialmente justo

  • Culturalmente aceito

GARRAFAS DE PET TRANSFORMADAS EM CARRINHO SOLAR

E o que fazer com as garrafas PET que ficamos juntando em casa? Podemos mandar para reciclagem ou podemos fazer brinquedos com elas!

O PET Bottle Car é um kit que transforma a poluidora garrafa PET em um carrinho de brinquedo movido a luz solar. O kit ensina as crianças os princípios básicos da energia solar, além de incentivar a reciclagem de um item super comum na maioria das casas.

O kit PET Bottle Car é educativo, ecológico, divertido e super fácil de montar. O kit é feito no Japão e é indicado para crianças acima de 10 anos de idade.

RESÍDOUS DA REARBORIZAÇÃO URBANA PODEM SER REAPROVEITADOS

Resíduos vegetais, gerados pela poda de árvores e pela manutenção de jardins, representam uma porção importante do lixo gerado em todas as cidades. Estudo mostra que eles podem ser reaproveitados.

Biomassa verde

Resíduos vegetais, principalmente gerados pela poda de árvores e pela manutenção de jardins, representam uma porção importante do lixo gerado em todas as cidades.
 
Mas, até hoje, não existem programas de destinação adequada desse material - menos ainda de sua reciclagem ou reaproveitamento.
 
Foi esta constatação que ensejou a pesquisa da engenheira florestal Ana Maria de Meira, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP. Em seu trabalho, Ana Maria propõe um modelo de gestão para os resíduos da arborização urbana - como madeira (galhos e troncos), folhas, flores e frutos.
 
Árvores urbanas
A pesquisa foi feita em Piracicaba, no interior de São Paulo, uma cidade de porte médio, que gera em média 180 toneladas desse material por mês, sendo 69% composto por ramos e galhos finos de até 8 centímetros (cm) de diâmetro.
 
Ana Maria acompanhou as equipes de poda da cidade durante quinze meses, monitorando a extração e recolhimento das dez espécies de maior frequência na arborização: espirradeira, ficus-benjamim, ipê, canelinha, oiti, chapéu de sol, quaresmeira, resedá, falso-chorão e sibipiruna.
 
"A primeira intenção foi saber a quantidade de material gerado, o que possibilita planejar seu destino. Além disso, mapeamos quais os motivos que geram a poda. Em sua maioria, elas ocorrem por falta de critérios na escolha das espécies, resultando em conflitos com os outros usos do solo urbano," relata a pesquisadora.

O estudo buscou, ainda, caracterizar os resíduos vegetais e avaliar a viabilidade de aproveitamento do material na produção de produtos sólidos de madeira (madeira serrada, móveis, pequenos objetos de madeira), como fonte de energia (lenha e carvão) e na compostagem com outros resíduos disponíveis nas cidades, como restos dos varejões e feiras livres.
 
Educação para o verde
O plano de gestão proposto por Ana Maria segue três linhas de ação: a redução da geração, a valorização dos resíduos e a disposição final, em casos emergenciais.

A redução da geração pode ser obtida por meio da definição de critérios de poda e remoção mais adequados, da capacitação da mão de obra que executa essas atividades, da escolha das espécies, das condições do plantio e condução do crescimento, além da educação da população para que entenda a importância da arborização urbana.
 
"Não há treinamento da mão de obra responsável pelo serviço e a própria relação dos moradores com as árvores não tem um vínculo tão forte que pudesse impedir a derrubada de muitas delas", explica a pesquisadora.
 
Valorização do lixo

Em relação à valorização ou aproveitamento, Ana Maria destaca que é preciso conhecer o material para a tomada de decisão mais adequada.
 
"Fizemos a caracterização, quantificando o volume por classe de diâmetro; determinando a densidade, o teor de umidade, a cor, a quantidade de carbono fixo, cinzas etc. Essas variáveis indicarão se os resíduos poderão ser desdobrados em tábuas ou transformados em pequenos objetos de madeira, móveis, equipamentos urbanos, esquadrias para serem usadas em habitação popular; o seu potencial energético para uso como lenha, carvão, briquete ou pellets; a possibilidade de produzir composto orgânico, entre outras formas de valorização. Com isso é possível separar o material para diferentes destinações, obtendo o máximo de retorno econômico, social e ambiental", explica a engenheira florestal.
Descarte adequado do lixo

A terceira linha de ação do plano de gestão é a disposição final. O plano propõe redução na geração de resíduos ou valorização desse material mas, conforme relata a professora Adriana Maria Nolasco, em algumas situações isso não é viável: "Imaginemos um caso de uma prefeitura de pequeno porte que não possui recursos financeiros ou mão de obra qualificada. Mesmo assim ela terá de dar um destino final ao resíduo".
 
A pesquisa propõe o descarte de forma adequada, em local apropriado, com segurança, sem risco de incêndio, que não se despeje simplesmente em terrenos baldios e sim em aterros ou áreas próprias controladas. "Dadas as características desse resíduo, a disposição não é a forma de manejo mais indicada, mas diante da necessidade, que se faça da forma menos impactante possível", comenta a professora.

Outra forma de destino ao material excedente é a parceria entre os municípios. "As prefeituras podem, inclusive, encontrar formas de arranjo e o material de uma determinada localidade pode, por exemplo, ser transferido para um outro município que já aproveita esse resíduo", ressalta Ana Maria.

Brinquedos nascidos do lixo
 
Na mesma linha de pesquisa, duas alunas do curso de Engenharia Florestal da Esalq, Renata Carolina Gatti e Juliana Paschoalini Arthuso, desenvolveram brinquedos e pequenos objetos usando esses resíduos.

As peças fazem parte de um portfólio de brinquedos que servirá de modelo para produção em programas municipais. Em 2010, o projeto continua com um grupo de estagiários desenvolvendo outros produtos.

CIENTISTAS APRESENTAM ESTRATÉGIAS PARA LIMITAR O AQUECIMENTO GLOBAL

Ramanathan e Xu reconhecem que há muitas incertezas sobre a natureza e o papel dos aerossóis e da sensibilidade do clima às ações de mitigação, o que torna difícil de calcular com precisão os efeitos das ações que eles sugerem.

Embora não tenham chegado a nenhum acordo sobre o que fazer, os países reunidos em Copenhague concordaram que uma ação substancial é necessária para limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 graus Celsius até o final deste século.

Mas uma ação em que direção? Quais caminhos a ciência mostra aos políticos para que eles possam tomar atitudes que se mostrem eficazes e produzam os resultados esperados?

Limite do aquecimento global

Veerabhadran Ramanathan e Xu Yangyang, pesquisadores da Instituição Scripps de Oceanografia, ligada à Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, identificaram três caminhos através dos quais os países com maiores níveis de emissão de gases de efeito estufa podem evitar atingir esse limite de aquecimento.

Este limiar, segundo muitos cientistas do clima, é um ponto além do qual as mudanças climáticas poderão apresentar consequências negativas incontroláveis para a sociedade.

"Sem uma abordagem integrada que combine redução das emissões de dióxido de carbono com reduções de outros aquecedores do clima, e sem leis contra a poluição climaticamente neutra, estamos certos que ultrapassaremos o limiar de 2 º C durante este século", disse Ramanathan.

Abordagens de baixo impacto

No entanto, acrescenta ele, "Eu estou muito entusiasmado com a disponibilidade de várias abordagens de baixo impacto que podem nos ajudar a evitar alterações climáticas incontroláveis."

Usando uma síntese das pesquisas climáticas realizadas nos últimos 20 anos, Xu e Ramanathan descrevem três passos que devem ser tomados para evitar ultrapassar o limite do aquecimento.

Eles salientam que o controle de dióxido de carbono isoladamente não é suficiente para atingir esse objetivo.

Medidas para conter o aquecimento global

A primeira medida defendida pelos cientistas consiste na estabilização das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera.

A segunda defende a criação de leis que limitem a poluição do ar pela emissão de compostos que são neutros em termos de aquecimento global. Essas leis poderiam equilibrar a remoção de aerossóis que têm um efeito de resfriamento da atmosfera, com a retirada dos agentes de aquecimento, tais como a fuligem e o ozônio.

Em terceiro lugar, os dois cientistas defendem ações que visem o resfriamento do clima por meio de reduções de metano, hidrofluorocarbonos e outros gases que perduram na atmosfera por curtos períodos de tempo..

Eles acreditam que o adoção simultânea destas estratégias poderia reduzir a probabilidade de atingir o limiar de temperatura para menos de 10 por cento antes do ano 2050.

Energia radiante

O limiar de 2 graus Celsius para o aumento da temperatura global se traduz em um aumento de energia radiante de 2,5 watts por metro quadrado. Ramanathan e Xu destacam que mesmo se as emissões de gases de efeito de estufa pararem de aumentar nos próximos cinco anos, as atividades humanas "provavelmente" gerarão quase o dobro dessa quantidade de energia radiante.

Esse excesso de energia radiante, porém, é parcialmente compensado pelo efeito de mascaramento de certos tipos de aerossóis que são produzidos em grande parte pela poluição, segundo eles.

Incertezas

Minúsculas partículas de sulfatos e outros poluentes servem para resfriar a atmosfera, refletindo a luz solar ao invés de absorvê-la, direcionando o calor para longe da superfície da Terra.

Por isso, afirmam os autores, as medidas de controle da poluição devem levar em conta e contrabalançar o aquecimento global que vai acontecer quando estes poluentes forem removidos da atmosfera.

Ramanathan e Xu reconhecem que há muitas incertezas sobre a natureza e o papel dos aerossóis e da sensibilidade do clima às ações de mitigação, o que torna difícil de calcular com precisão os efeitos das ações que eles sugerem.

CIENTISTAS NÃO SABEM ONDE ESTÁ O CALOR DO AQUECIMENTO GLOBAL

Os dados dos satélites artificiais indicam que a Terra está recebendo mais calor do Sol do que refletindo para o espaço. Mas os instrumentos não conseguem encontrar onde esse calor está se acumulando.[Imagem: NASA]

Onde está o calor do aquecimento global?



As ferramentas de observação atualmente disponíveis não conseguem explicar aproximadamente metade do calor que se acredita estar se acumulando na Terra nos últimos anos.

Enquanto os instrumentos dos satélites artificiais indicam que os gases de efeito de estufa continuam a aprisionar cada vez mais energia solar, ou calor, desde 2003 os cientistas têm sido incapazes de determinar para onde está indo a maior parte desse calor.

Isso leva a uma de duas possibilidades: ou as observações dos satélites estão erradas ou grandes quantidades de calor estão indo para regiões que ainda não são adequadamente monitoradas e medidas, como as partes mais profundas dos oceanos.

Para agravar o problema, as temperaturas da superfície da Terra apresentaram uma forte estabilização nos últimos anos. Contudo, o derretimento das geleiras e do gelo do Ártico, juntamente com a elevação dos níveis do mar, indicam que o calor continua tendo efeitos profundos no planeta.

Calor perdido

Cientistas do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica (NCAR), nos Estados Unidos, advertem que os sensores de satélites, as boias oceânicas e os outros instrumentos são inadequados para rastrear esse calor "perdido", que pode estar se acumulando nas profundezas dos oceanos ou em qualquer outro lugar do sistema climático.

"O calor vai voltar a nos assombrar mais cedo ou mais tarde", diz Kevin Trenberth, um dos autores do artigo que foi publicado na revista Science.

"O alívio que nós tivemos na elevação das temperaturas nos últimos anos não vai continuar. É fundamental rastrear o acúmulo de energia em nosso sistema climático para que possamos entender o que está acontecendo e prever o clima futuro," afirma ele.

Fluxo de energia

Trenberth e seu colega John Fasullo sugerem que o início rápido do El Niño no ano passado - o evento periódico marcado pela elevação da temperatura superficial do Oceano Pacífico tropical - pode ser uma maneira em que a energia "perdida" tem reaparecido.

Outra fonte de informação, mas agindo no sentido oposto, são os invernos inesperadamente frios ao longo dos Estados Unidos, Europa e Ásia, que tem marcado os últimos anos e que as previsões indicam deverão perdurar nos próximos.

Eles afirmam que é imperativo medir melhor o fluxo de energia através do sistema climático da Terra.

Por exemplo, qualquer plano de geoengenharia que queira alterar artificialmente o clima do mundo para combater o aquecimento global pode ter consequências inesperadas, que podem ser difíceis de analisar a menos que os cientistas possam monitorar o calor ao redor do globo.

Calor acumulado nos oceanos

Os dados dos instrumentos dos satélites mostram um crescente desequilíbrio entre a energia que entra na atmosfera a partir do Sol e a energia liberada a partir da superfície da Terra. Este desequilíbrio é a fonte de longo prazo do aquecimento global.

Mas rastrear a quantidade crescente de calor na Terra é muito mais complicado do que medir as temperaturas na superfície do planeta.

Os oceanos absorvem cerca de 90 por cento da energia solar capturada pelos gases de efeito estufa. O restante se divide entre as geleiras, os mares congelados, a superfície não coberta pelo mar e a atmosfera - ou seja, somente uma pequena fração do calor capturado aquece o ar da atmosfera.

E, apesar das medições dos satélites, o calor medido nos oceanos, até uma profundidade de cerca de 1.000 metros, está constante há anos.

Possibilidades de erro

Embora seja difícil quantificar a quantidade de energia solar que chega à Terra com precisão, Trenberth e Fasullo estimam que, com base em dados de satélites, a quantidade de energia acumulada parece ser de cerca de 1 watt por metro quadrado, enquanto os instrumentos oceânicos indicam um acúmulo de cerca de 0,5 watt por metro quadrado.



Isso significa que aproximadamente metade da quantidade total de calor que se acredita ser aprisionado pelos gases de efeito estufa está "desaparecido."

sábado, 3 de julho de 2010

O MUNDO CAMINHA PARA O LIMITE DA IRREVERSIBILIDADE


A natureza caminha para o Limite da Irreversibilidade se não fizermos nada, o panorama apresentado no video abaixo, poderá alarmar-se e colocar e eminência a extinsão da espécie humana e de toda biodiversidade.


Cada um de nós pode contribuir para inverter este quadro, apresento prá vós as 19 dicas para ajudar a atenuar este avanço.

Dicas de preservação:

1. Não corte, nem pode árvores sem autorização. Poda drástica é PROIBIDA!!

2. Preserve a vegetação nativa. Não desmate! Não coloque fogo!
3. Não altere cursos d’água ou banhados, eles são protegidos por lei.
4. Nunca solte peixes nos rios, mesmo quando estiver bem intencionado.
5. Respeite os períodos de proibição da caça e pesca.
6. Não compre, nem tenha animais selvagens em casa.
7. Não maltrate animais selvagens ou domésticos..
8. Não jogue lixo no chão. Carregue-o até ao contentor mais próximo. Ensine às crianças dando exemplo.
9. Reaproveite tudo o que puder.
10. Reduza o consumo desnecessário.
11. Mantenha seu veículo regulado e ande a pé sempre que puderes.
12. Não contribua com a poluição sonora e/ou visual.
13. Use menos agrotóxicos em sua lavoura ou horta.
14. Não jogue óleos lubrificantes na sua rede de esgoto.
15. Não desperdice água. Esse é um dos recursos mais importantes e frágeis do planeta: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para lavar passeios, aproveite água de chuva para outros fins.
16. Não desperdice energia elétrica: desligue aparelhos, verifique sobrecargas, apague as luzes.
17. Ensine às crianças amor e respeito pela natureza.
18. Cuide da higiene e da sua saúde!
19. Evite jogar materiais não degradáveis (plásticos ou outros) no ambiente.
Vamos fazer a nossa parte!!!!

A cantora brasileira Vanessa da Mata, interpretou um clássico intitulado (Absurdo) composição é ínedita, confiram o video abaixo:

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADA PELO ACONDICIONAMENTO INADEQUADO DOS RSU NA CIDADE DO NAMIBE

1- INTRODUÇÃO
O meio ambiente é um condicionador da existência do homem na terra, sendo ele um conjunto de tudo aquilo que nos rodeia e que exerce uma acção directa ou indirecta sobre os seres vivos e não só, ou ainda o conjunto de todos os factores bióticos e abióticos que se encontram ligados entre si numa relação de interdependência.

A expansão das cidades e o crescimento económico motivados pelo crescimento populacional e outros factores não menos importantes, levaram o homem a destruir o meio ambiente de tal forma que muitos ecossistemas perderam a sua capacidade de resposta. O homem passou a produzir bens para promover o seu conforto, começou também a desenvolver hábitos como construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar de forma permanente num determinado local. Consequentemente a produção de lixo foi aumentando, mas ainda não havia se constituído num problema mundial. Naturalmente, esse desenvolvimento foi se acentuando com o passar dos anos. A população humana foi aumentando e, com o advento da revolução industrial que possibilitou um salto na produção em série de bens de consumo, a problemática da geração do lixo ganhou outra dimensão. Porém, esse facto não causou nenhuma preocupação maior, o que estava em alta era o desenvolvimento e não as consequências .

A partir da segunda metade do século XX iniciou-se uma reviravolta. A humanidade passou a preocupar-se mais com o planeta onde vive. Mas não foi por acaso: factos como o buraco na camada de ozono e o aquecimento global despertaram a população mundial sobre o que estava acontecendo com o meio ambiente. Nesse despertar, a questão da produção e tratamento do lixo foi percebida mas, infelizmente, até hoje não vem sendo encarada com a urgência necessária nas sociedades .

Nesta esteira de pensamento, motivado pelo espírito académico e no intuito de contribuir para a promoção da consciência ecológica senti a necessidade em reflectir sobre a problemática dos RSU na cidade do Namibe, destacando os principais factores que alimentam tal problema e as consequências daí decorrentes, visto que antigamente na cidade a gestão do lixo não constituía um grande problema.

O assunto por nós abordado é tão abrangente, porque quase em toda a parte da província do Namibe, encontramos pessoas a contribuirem para o crescimento do lixo, a degradação da paisagem local, etc. Face a esta abrangência, delimitamos a nossa pesquisa apenas na cidade do Namibe.

Para esta abordagem sobre a degradação ambiental causada pelo acondicionamento inadequado dos RSU na cidade do Namibe, o trabalho compreende quatro itens nos quais o desenvolvimento conduz: primeiro, ao despertar para o conhecimento da realidade; segundo, à caraceterização da situação do local do nosso estudo; terceiro, à consciencialização ambiental e discussão dos resultados; e quarto, ao apontar de soluções mínimas viáveis .

A bibliografia sobre a gestão dos resíduos sólidos urbanos e os problemas que eles podem causar ao meio ambiente, na cidade do Namibe é escassa. Algumas das poucas informações disponíveis encontram-se com acesso restrito. A maior parte dos dados fornecidos pelas instituições contactadas carecem de suporte científico: por não serem citadas as fontes nem descritos os métodos utilizados para a sua produção, sendo a maior parte das vezes resultantes de extrapolações e/ou estimativas. A elaboração deste trabalho, metodologicamente, foi possível através das visitas aos locais degradados pelo lixo, pesquisas na Internet em páginas relacionadas com o assunto, conversas com os municípes, apontamentos da cadeira de Tratamentos e Valorização de Resíduos (3º Ano Engenharia do Ambiente de 2009) ministrado pelo Docente Msc. Alfredo Noré Muacahila e alguns manuais de apoio das disciplinas do curso de engenharia do ambiente que fui adquirindo ao longo da formação.

Colocamos deste modo as seguintes questões científicas, que serviram de fio condutor da nossa pesquisa:
- Porque razões os citadinos deitam o lixo em lugares impróprios?
- A degradação ambiental que se assiste na cidade do Namibe terá também como causa a disposição inadequada do lixo?

No final, espera-se que as respostas às questões científicas apresentadas possam ajudar a perceber que tarefas e acções devem ser desenvolvidas pelas entidades competentes na melhoria da situação e/ou mitigação da degradação ambiental provocada pelo lixo na cidade do Namibe.

2 - BREVE CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE DO NAMIBE
Namibe é a capital da província com o mesmo nome com cerca de 8916 km² de superfície. Os dados demograficos disponíveis, devem ser considerados com precaução devido á ausência de um censo recente e ao movimento populacional ocorrido nos ultimos anos, provocados pela guerra. No entanto, o governo da província estima que a população do munícipio do Namibe é de cerca de 539.273 habitantes, cuja densidade populacional é de 60 habitantes/Km2. O clima é de uma maneira geral temperado, com temperaturas que variam entre 17°C e 25°C. Especificamente o clima é temperado húmido ao longo do litoral e tropical de latitude com grande influência do deserto e do interior. Tem duas estações: a das chuvas (de Outubro a Abril) e a seca (cacimbo), nos restantes meses do ano .

Na cidade do Namibe podemos observar infra-estruturas de trasnportes e comunicação, como os portos pesqueiro, comercial e o mineraleiro; o caminho-de-ferro de moçamêdes que alcança a província do Kuando Kubango; o aeroporto do Namibe “Yuri Gagarin”, que têm influênciado o fluxo migratório de turistas e investidores, nas áreas sócio-economicas da cidade.

3 – GENERALIDADES SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
O termo “resíduos sólidos urbanos” começou a ser utilizado para definir “lixo”. Lixo significa «aquilo que se deitou fora porque está gasto, sujo ou não é útil». Tem origem no latim lixa, que significa “água da lixívia” .

Existem vários tipos de resíduos e eles podem ser definidos, segundo a Lei n.º5/98 de 19 de Junho (Lei de Bases do Ambiente), como «substâncias ou objectos que se eliminam, que se tem intenção de eliminar e que contêm características de risco por serem inflamáveis, explosivas, corrosivas, tóxicas, infecciosas ou radioactivas, ou por apresentarem qualquer outra característica que constitua perigo para vida ou saúde das pessoas e para a qualidade do ambiente»

3.1 - A PROBLEMÁTICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NA CIDADE DO NAMIBE
De acordo com o diagnóstico apresentado pelo Docente Universitário da Escola Superior Politécnica do Namibe, Noré Muacahila (2009b) , ao 1º Encontro dos Jovens e Estudantes, organizado pela Direcção Provincial da Juventude e Desportos do Namibe, o panorama actual da cidade do Namibe é o seguinte:


«1. Os munícipes lançam os seus resíduos em locais a céu aberto, em linhas de água, nos passeios, nas ruas, nas praias e em zonas ambientalmente protegidas;
2. Existência de lixeiras comuns (não controladas), onde qualquer agente económico confina os seus resíduos (perigosos ou não), em quantidades desconhecidas pela municipalidade e a horas incontroladas;
3. Existência de vários focos com micro e macro-vectores transmissores de doenças, como por exemplo:
• Lixeira Municipal (entrada Lubango-Namibe);

• Lixeira do Saco-Mar;
• Lixeira junto a Escola 31 de Janeiro;
• Lixeira entre o Bairro Eucaliptos e o Forte Santa Rita;

• Lixeira do Forte (junto aos Tanques de Abastecimento de Água e do Centro de Saúde);
• Lixeira do Plató (Zona do Mercado da Pedra);
• Lixeira do Farol e arredores; e
• Alguns focos de lixos temporários nos arredores da cidade.
4. Nítida degradação da paisagem, da qualidade do ar, do solo e suspeitas de degradação dos lençóis freáticos (principal fonte de abastecimento de água de consumo público na cidade do Namibe);
5. Débil educação sanitária sobre saneamento do meio;
6. Carência de recursos humanos qualificados neste sector social, ao nível dos serviços vocacionados;
7. Tecnologia utilizada nesta área algo desfasada com as exigências modernas e concretas».


O referido diagnóstico inventariou a realidade da cidade do Namibe em relação a problemática dos RSU, e ajudou-nos a perceber onde e como estamos e quão urge a necessidade de se mitigar ou atenuar este impacte.

3.2 – PROCESSO DE RECOLHA E TRANSPORTE DOS RSU NA CIDADE DO NAMIBE
Na cidade do Namibe a deposição final dos RSU é feita numa lixeira comum concebida a quase 14 anos, portanto desde 1996. O lugar conhecido como Lixeira Municipal está localizado a 6 km da cidade do Namibe, ao longo da Estrada Nacional 280, na saída Namibe/Huíla. Com o rápido crescimento demográfico, a zona urbana está já nas imediações da lixeira.

Com base nas constatações in loco e baseado nas conversas mantidas com pessoas idóneas, provavelmente não haja lençóis freáticos no local. Mas o maior problema está na topografia do terreno que não é uniforme, pois quando há precipitações em forma de chuva, as águas drenam para as linham receptoras (rio e mar), contaminando assim as suas águas, as plantações, os solos, os animais e consequentemente a vida humana.

3.3 – PROBLEMAS E DEGRADAÇÃO AMBIENTAL CAUSADOS PELA DISPOSIÇÃO INADEQUADA DOS RSU NA CIDADE DO NAMIBE
O saneamento ambiental é um conjunto de acções que tornam uma área higiénica, limpa e habitável. Os serviços de saneamento ambiental integram acções de abastecimento de água, recolha e tratamento de esgotos, drenagem de águas pluviais, domésticas e industriais, controle de vectores e, como seria de se esperar, a recolha, tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos urbanos. A correcta gestão desses serviços melhora sem sombra de dúvidas a qualidade de vida do meio urbano, preservação da saúde e do bem-estar da comunidade. Pois, saúde pública e ambiente são interdependentes e inseparáveis.

A questão da relação entre a degradação ambiental causada pela disposição imprópria de resíduos na cidade do Namibe, e as doenças típicas dela decorrentes, não se resume ao quadro epidemiológico acima apresentado. Existem outros danos ou consequências que podem afectar a “saúde” do meio ambiente em estudo como :
- Riscos para a saúde humana;
- Danos para a flora e fauna;
- Degradação da qualidade das águas subterrâneas e superficiais;
- Degradação da qualidade do solo, e;
- Degradação da paisagem.
Concretamente, o resultado dessa degradação manifesta-se com sinais dentre vários;
- Presença de vectores transmissores de várias doenças que buscam alimento e abrigo, como insectos, vermes, ratos e aves;
- Incómodos associados sobretudo aos maus odores, aos fumos e às características nocivas de gases gerados;
- Destruição de árvores e arbustos, que podem representar locais de nidificação e abrigo para várias espécies;
- Poluição de linhas de água pelas águas lixiviantes que pode afectar severamente a vida aquática e o homem;
- Certos usos do terreno serão inviabilizados durante largos anos;
- Alteração da visualização da paisagem.

4 - CONCLUSÃO
Após este estudo sobre a degradação ambiental causada pelo acondicionamento inadequado dos RSU na cidade do Namibe foi possível chegar àlgumas conclusões.

Na cidade do Namibe, podemos encontrar nos depósitos de lixo todos os tipos de resíduos, e é notável que não há uma recolha selectiva ou qualquer separação efectiva do lixo por parte dos munícipes. No nosso entender, esta situação é, possivelmente, incentivada pelos próprios serviços comunitários que na deposição final dos resídous recolhidos na cidade, depositam-nos a céu aberto e sem qualquer distinção.

O crescimento demográfico da cidade nos últimos anos, o poder de compra dos citadinos, os investimentos no domínio sócio-económico aumentaram consideravelmente. Esses factores e outros não menos importantes, vieram agravar o desequilíbrio entre a capacidade de recolha e a produção do lixo na cidade, por um lado. Por outro, os meios adiquiridos para colmatar esta situação não têm sido suficientes, facto que é agravado pela falta de manutenção consistente dos mesmos e da falta de pesssoal especializado para esses serviços.

O defícit em termos de actividades de sensibilização e educação ambiental, junto dos munícipes, tem contribuido a que alguns indivíduos tenham comportamentos indignos na gestão do lixo na cidade. Pois, exemplos não faltam: automobilistas e passageiros que deitam restos de comida na via pública, citadinos que deitam o lixo fora dos contentores, complicando assim os trabalhos dos Serviços.

Mas, é bom também reconhecer que, por vezes, a larga distância que separa determinadas casas ao contentor de lixo e o não cumprimento do horário de recolha porta-á-porta, é causa de depósito do lixo em locais inadequados. Portanto, este é outro factor que tem contribuido para o rápido crescimento da degradação ambiental da cidade do Namibe.

A lixeira municipal já não oferece condições para acudir a problemática dos resíduos, por não garantir segurança tanto para o homem e ao meio ambiente. Assim, algumas sugestões, como as abaixo indicadas, podem ajudar a inverter a situação actual:

- Realizar um censo populacional para o conhecimento do número real da população na cidade do Namibe;
- Desenvolver programas de formação que decorram de forma regular a fim de capacitar e habilitar técnicamente o pessoal afecto ao sector da manutenção, operacionalização e reparação dos meios utilizados para a recolha dos resíduos;
- Projectar os novos centros urbanos que estão a ser erguidos na cidade, com divisões de áreas para a deposição adequada dos resíduos e reforçar os Serviços Comunitários com equipamentos e pessoal de apoio para fazer face as necessidades actuais;
- Consciencializar a população para práticas de higiene pessoal, familiar e do meio, com vista a reduzir os vectores de doenças;
- Criar condições para que se construa um aterro sanitário para uma deposição final mais adequada dos resíduos;
- Criar boas condições de higiene e segurança no trabalho para os funcionários afectos ao serviço de recolha e transporte de resíduos;
- Que o acto de distribuição de baldes e sacos de lixo feito pela Administração Municipal, seja uma actividade contínua até que se atinja toda a cidade do Namibe e que se crie um instrumento legal para se cobrar responsabilidades pelo desaparecimento e a má conservação destes meios por parte dos cidadãos beneficiados;
- Que se faça o aproveitamento dos quadros formados em Engenharia do Ambiente pela Escola Superior Politécnica do Namibe, a fim de se colmatar a carência de quadros qualificados;
- Que a aquisição dos meios de recolha e transporte dos resíduos para os serviços comunitários seja feita tendo em conta as facilidades que se possam ter na manutenção e/ou reparação dos mesmos;
- Que a escolha de pontos de recolha de lixo seja feita com base em critérios de engenharia, para melhor responder as necessidades das populações; e
- Por ultimo, criar legislação que obriga os postos de venda de electrodomésticos e outro material embalado a receberem taus embalagens, para que lhes possam dar o tratamento e distino adequado. Assim, os órgãos de direito estaram a fazer valer o Princípio da Responsabilização consagrado na Lei n.º5/98 de 19 de Junho, art. 4º g) (Lei de Bases do Ambiente) «que confere responsabilidades a todos os agentes que como resultadodas suas acções provoquem prejuízos ao ambiente, dagradação, destruição ou delapidação de recursos naturais, atribuindo-lhes a obrigatoriedade da recuperação e/ou indemnização dos danos causados».